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Segundo um artigo publicado pela pesquisadora Julia Benedetti da Harvard Medical School, os pacientes afetados por essas doenças tem a descamação da pele, no caso da Stevens-Johnson afeta menos de 10%, já a necrólise epidérmica tóxica afeta mais de 30%.Ainda segundo a pesquisadora, em ambas as formas ocorre a formação de bolhas nas membranas mucosas da boca, dos olhos e da vagina e, às vezes, nas vias respiratórias, trato digestivo ou trato urinário. Benedetti pontua ainda que essas doenças podem afetas pessoas de quaisquer faixas etárias, mas prevalece naquelas com um sistema imunológico anormal, como aquelas com transplante de medula óssea, em pessoas com lúpus eritematoso sistêmico, em pessoas com outras doenças crônicas das articulações e do tecido conjuntivo, ou em pessoas com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (principalmente quando as pessoas também têm pneumonia causada por Pneumocystis jirovecii)A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica geralmente começam com febre, dores de cabeça, tosse, ceratoconjuntivite (inflamação da conjuntiva e da córnea nos olhos) e dores no corpo. Se forem causados por um medicamento, esses sintomas costumam aparecer entre uma e três semanas após o início do medicamento. Em seguida, a pele começa a sofrer alterações, com uma erupção cutânea plana e vermelha ou roxa no rosto, no pescoço e no tronco, que frequentemente se estende ao resto do corpo em um padrão irregular. As zonas de erupção cutânea aumentam e se espalham e, muitas vezes, formam bolhas no seu centro.Ao portal UOL, a médica dermatologista Suamy Brelaz diz que é preciso começar o tratamento de forma imediata. “A progressão pode ser rápida e, se não tratada, evoluir para a necrólise epidérmica tóxica, aumentando o risco de complicações graves, como infecções secundárias, insuficiência respiratória e danos oculares irreversíveis. O diagnóstico precoce e a suspensão imediata do medicamento causador são fundamentais para reduzir a gravidade da doença”, alerta.A especialista reforçou que o uso novamente da medicação de causou a doença deve ser evitada e, em alguns casos, é preciso fazer testes genéticos para avaliar o uso de certas substâncias. “O tratamento envolve suporte intensivo, com hidratação agressiva, imunoterapia e, em situações graves, acompanhamento em unidades especializadas. O avanço das pesquisas tem proporcionado novas abordagens terapêuticas, como o uso de imunoglobulinas e inibidores do TNF, oferecendo melhores perspectivas para os pacientes”, acrescentou.