Paranaguá terá Baile de Aleluia com Grupo Mandicuera

O Amanhece – Grupo de Continuação e Manutenção para a Salvaguarda da Cultura Caiçara realiza no sábado, dia 19, o Baile de Aleluia, em Paranaguá. Este é o primeiro baile de fandango pós quaresma. A programação, que conta com o Grupo Mandicuera, começa às 20h e segue até 00h, na Rua da Praia.

O Baile também conta com a participação de fandangueiros locais e outros grupos como o mestre Eugênio, dona Mariquinha e família Domingues. “Esperamos encher a rua da praia entre o bar O Itiberê, Di Maria e Bar da Jane, só de músicos. São mais de 15 confirmados, além dos dançarinos e etc”, disse o mestre fandangueiro, Aorelio Domingues, do Grupo Mandicuera.

foto2 baile de aleluia
Evento foi pensado com base na tradição e cultura fandangueira

Segundo o mestre Aorelio, o evento foi pensado com base na tradição e cultura do fandango. “É tradição resguardar a quaresma e nenhum fandangueiro toca ou dança. No sábado de aleluia, a gente desenterra o toco (fim da quaresma) e os bailes voltam. Partindo deste contexto e também da questão que os bailes no mercado ainda não voltaram, a Associação Mandicuera resolveu realizar o baile”, afirmou Aorelio.

  • Casa Mestre Eugênio possui aulas de dança de Fandango Caiçara gratuitas

Para a realização do evento, o Baile de Aleluia tem recursos do Governo Federal. Os músicos são pagos através de uma emenda parlamentar, que além dos bailes ainda contempla ações de salvaguarda dentro da comunidade.

“O objetivo é misturar o público tradicional do fandango com o público aleatório da cultura de massa e promover o pertencimento para um e a valorização para outro, tornar a cultura tradicional mais acessível e salvaguarda de forma espontânea e não folclórica”, explicou Aorelio.

Ele destacou a importância do evento para a transmissão do conhecimento para as futuras gerações. “Trazer um baile deste para a rua revela dezenas de anos de trabalho que vão desde a luta por território e contra o racismo ambiental até a preservação do patrimônio na transmissão do conhecimento tradicional para as gerações, haja visto que muitos dos adolescentes que vão estar tocando ou dançando foram acompanhados desde a infância”, finalizou Aorelio.

Fotos: Divulgação/Grupo Mandicuera

Adicionar aos favoritos o Link permanente.