As vendas do varejo relacionadas à Páscoa devem movimentar R$ 186,49 milhões no Paraná este ano, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No total nacional, a previsão é de R$ 3,36 bilhões, o que representa uma queda de 1,4% em relação ao ano anterior, já considerando o efeito da inflação.
A queda está relacionada, principalmente, à elevação dos preços de produtos tradicionais da celebração, especialmente o chocolate. De acordo com a CNC, o item deverá ter um reajuste médio de 18,9%, o maior desde 2012. A alta é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real em comparação ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 nos últimos 12 meses.
- Concessionária prevê fluxo de 150 mil veículos entre Curitiba e o litoral do Paraná no feriado de Páscoa
- Romeiros iniciam peregrinação a pé entre São José dos Pinhais e Paranaguá
Segundo a projeção, a cesta de bens e serviços ligados à data deve apresentar aumento médio de 7,4% nos preços, segundo dados do IPCA-15. Entre os produtos que mais encareceram estão o bacalhau, com alta de 9,6%, e o azeite de oliva, que subiu 9,0%. Ambos são considerados tradicionais nas refeições de Páscoa, sexta data comemorativa mais importante do calendário nacional.
“Para 2025, mesmo diante do dinamismo no mercado de trabalho, o reajuste de preços de itens especificamente relacionados a essa data comemorativa tende a comprometer o aumento do volume de vendas. Considerando o carro-chefe desta data, a venda de produtos derivados do chocolate, além da alta da cotação do cacau no mercado internacional, a desvalorização do real ao longo do último ano impactou os preços finais ao consumidor”, destacou a CNC.
IMPORTAÇÃO
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, organizados pela CNC, as importações de produtos típicos da Páscoa registraram queda em março de 2025, mês que antecede a data comemorativa. A quantidade de chocolates importados somou 1,43 mil toneladas, uma redução de 17,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o bacalhau, outro item tradicional dessa época, também teve queda significativa: foram importadas 3,30 mil toneladas, o que representa uma redução de 11,7% na comparação com a Páscoa de 2024.
Com informações da CNC e da Fecomércio
