Integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretendem pressionar, nos próximos dias, deputados filiados a partidos da base e do Centrão que assinaram o requerimento para acelerar o projeto de lei que anistia os golpistas do 8 de janeiro.
O requerimento já atingiu as 257 assinaturas mínimas e foi protocolado formalmente nesta segunda-feira (14). Nesta etapa, ninguém pode retirar formalmente o apoio à urgência.
Ainda assim, o governo avalia que pode conseguir um aceno público de 30 deputados – que, mesmo sem poder recuar na assinatura concreta, poderiam se manifestar publicamente retirando o apoio à proposta.
O Planalto avalia que, se isso acontecer, o requerimento de urgência perde força do ponto de vista político. O que ajudaria o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a sustentar a posição atual de não colocar a urgência em votação.
Adicionalmente a essa tentativa, o governo estuda como cobrar a “fidelidade” dos partidos que têm cargo no governo e, ainda assim, deram amplo apoio ao requerimento de urgência para o PL da Anistia.
O governo, segundo apurou o blog, quer dar “exemplos de força”. Segundo um interlocutor do governo, isso inclui até mesmo “cortar cabeças” de deputados e seus afilhados que têm cargos no Executivo. E que, mesmo com esses cargos, decidiram apoiar a anistia.
Anistia: projeto atinge assinaturas para propor ‘rito acelerado’ na Câmara
A percepção entre esses líderes governistas é de que o governo pode até compreender casos específicos, de parlamentares de estados bolsonaristas onde há uma pressão muito grande pela anistia dos golpistas.
Em outros estados, no entanto, a pressão política é menor. E, mesmo assim, parlamentares com acesso e facilidades no governo teriam aderido ao esforço da oposição pela anistia. Nestes casos, o governo teria que aplicar “castigos exemplares”.
Teste para a articulação de Gleisi
A crise em torno do PL da Anistia é, também, um teste para a nova articulação política do governo Lula, agora nas mãos da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Gleisi tem a chance de mostrar sua personalidade à frente do cargo, a depender de como vai lidar com o tema. Nesta terça, em entrevista à GloboNews, a ministra subiu o tom – e chamou o apoio de deputados da base à anistia de “absurdo” e “profunda contradição”.
“É um absurdo apoiar urgência para um projeto sendo da base do governo, trata-se de uma grave afronta ao Judiciário e à própria democracia. Urgência é preciso para projetos que beneficiam o povo brasileiro e não para proporcionar golpe continuado”, disse Gleisi ao repórter Guilherme Balza.
Gleisi fala em ‘profunda contradição’ apoio de deputados da base a PL da Anistia
O requerimento já atingiu as 257 assinaturas mínimas e foi protocolado formalmente nesta segunda-feira (14). Nesta etapa, ninguém pode retirar formalmente o apoio à urgência.
Ainda assim, o governo avalia que pode conseguir um aceno público de 30 deputados – que, mesmo sem poder recuar na assinatura concreta, poderiam se manifestar publicamente retirando o apoio à proposta.
O Planalto avalia que, se isso acontecer, o requerimento de urgência perde força do ponto de vista político. O que ajudaria o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a sustentar a posição atual de não colocar a urgência em votação.
Adicionalmente a essa tentativa, o governo estuda como cobrar a “fidelidade” dos partidos que têm cargo no governo e, ainda assim, deram amplo apoio ao requerimento de urgência para o PL da Anistia.
O governo, segundo apurou o blog, quer dar “exemplos de força”. Segundo um interlocutor do governo, isso inclui até mesmo “cortar cabeças” de deputados e seus afilhados que têm cargos no Executivo. E que, mesmo com esses cargos, decidiram apoiar a anistia.
Anistia: projeto atinge assinaturas para propor ‘rito acelerado’ na Câmara
A percepção entre esses líderes governistas é de que o governo pode até compreender casos específicos, de parlamentares de estados bolsonaristas onde há uma pressão muito grande pela anistia dos golpistas.
Em outros estados, no entanto, a pressão política é menor. E, mesmo assim, parlamentares com acesso e facilidades no governo teriam aderido ao esforço da oposição pela anistia. Nestes casos, o governo teria que aplicar “castigos exemplares”.
Teste para a articulação de Gleisi
A crise em torno do PL da Anistia é, também, um teste para a nova articulação política do governo Lula, agora nas mãos da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Gleisi tem a chance de mostrar sua personalidade à frente do cargo, a depender de como vai lidar com o tema. Nesta terça, em entrevista à GloboNews, a ministra subiu o tom – e chamou o apoio de deputados da base à anistia de “absurdo” e “profunda contradição”.
“É um absurdo apoiar urgência para um projeto sendo da base do governo, trata-se de uma grave afronta ao Judiciário e à própria democracia. Urgência é preciso para projetos que beneficiam o povo brasileiro e não para proporcionar golpe continuado”, disse Gleisi ao repórter Guilherme Balza.
Gleisi fala em ‘profunda contradição’ apoio de deputados da base a PL da Anistia