Olívia Santana protesta na Alba contra morte de jovem na Engomadeira

Com um discurso forte no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) protestou na tarde desta terça-feira, 15, contra a morte da jovem estudante Ana Luiza, de 19 anos de idade, baleada durante uma operação policial no bairro da Engomadeira, em Salvador, no último domingo, 13.Olívia cobrou que seus colegas de Alba se manifestassem sobre o caso, ao qual ela definiu como “perda dramática, macabra, terrível e inaceitável”. Segundo ela, os deputados não podem tolerar, suportar ou aceitar a morte da jovem baiana.“Todos nós, agentes públicos, não podemos silenciar diante do que aconteceu no último final de semana em Salvador. É lamentável, doloroso”, afirmou Olívia Santana.

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“Eu sou mãe. Aqui temos pais e mães neste plenário e nessas galerias. Como suportaríamos se algo semelhante acontecesse a um filho nosso ou a uma filha nossa? Nós não suportaríamos. Por isso, eu peço a cada deputada e deputado que use o poder que tem para exigir que a justiça seja feita”, acrescentou a deputada comunista.A parlamentar aproveitou para defender o uso das chamadas “bodycams” (câmeras corporais) por todos os policiais militares da Bahia, como forma de dirimir as dúvidas sobre fatos ocorridos em operações.“Há uma guerra de versões. A versão da guarnição policial e a versão da população. Geralmente, quando essa guerra de versões acontece, a palavra da comunidade é enterrada junto com o corpo que tomba, porque o lugar de fala das nossas comunidades pretas e pobres é desvalorizado, e acaba prevalecendo a voz da estrutura de Estado”, apontou Olívia.

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“Eu gostaria muito que aqueles policiais estivessem usando as câmeras corporais. É por isso que a gente fala sobre isso aqui, porque, numa hora dessas, a gente teria a prova, a filmagem das câmeras, registrando portanto aquela operação. Mas, infelizmente, nenhum policial usava as câmeras. A câmera é um instrumento avançado tecnológico para dirimir dúvidas e impedir que prevaleça a injustiça. Que a justiça seja feita para a menina e também para a instituição policial”, concluiu a deputada.

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