Gleisi Hoffmann detona apoio de aliados a PL da Anistia

O Projeto de Lei que versa sobre a anistia de envolvidos nos ataques do dia 8 de janeiro de 2023 já atingiu as 257 assinaturas de pedido de urgência necessárias para sua tramitação na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira, 15, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou os parlamentares de partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que apoiaram o texto.Gleisi afirmou ser contraditório defender a proposta sendo parte do governo, e disse que a posição é uma “afronta” ao regime democrático. A petista ainda destacou acreditar que o parlamento deveria estar pronto para pautar temas de interesse da população brasileira.”Além de ser uma profunda contradição apoiar o projeto sendo da base do governo, trata-se de uma grave afronta ao Judiciário e à própria democracia”, afirmou Gleisi, que continuou.

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“É um absurdo apoiar urgência para um projeto sendo da base do governo, trata-se de uma grave afronta ao Judiciário e à própria democracia. Urgência é preciso para projetos que beneficiam o povo brasileiro e não para proporcionar golpe continuado”, completou a ministra petista.Posição de Hugo MottaMais cedo, nas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), prometeu levar o texto para os líderes da Casa, para que assim seja tomada uma decisão final sobre o assunto. Para o parlamentar, essa é uma forma de garantir um amplo debate.”Democracia é discutir com o Colégio de Líderes as pautas que devem avançar. Em uma democracia, ninguém tem o direito de decidir nada sozinho. É preciso também ter responsabilidade com o cargo que ocupamos, pensando no que cada pauta significa para as instituições e para toda a população brasileira”, escreveu no X.PL da AnistiaO Projeto de Lei 2858/2022, de autoria do ex-deputado federal Vitor Hugo (PL), trata sobre a anistia para os envolvidos no 8 de janeiro. Além do PL, outros textos sobre o mesmo assunto estão sendo discutidos no parlamento.”Ficam anistiados manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta Lei”, diz trecho do projeto.

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