O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recupera bem após uma cirurgia de cerca de 12 horas, finalizada na noite de domingo (13), para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado no Hospital DF Star, em Brasília, para onde ele foi transferido no final da tarde de sábado (12), após ficar internado durante dois dias no Hospital Rio Grande, em Natal, depois de passar mal durante agenda no interior do Rio Grande do Norte.
Em mensagem postada nas redes sociais, na sexta-feira (11), Bolsonaro agradeceu aos médicos e enfermeiros do Hospital Municipal de Santa Cruz, na região do Trairi, onde recebeu os primeiros atendimentos antes de ser transferido para Natal. Ele também fez menção à “eficiência no transporte realizado pela Polícia Militar-RN”, mas não citou a governadora Fátima Bezerra (PT), que disponibilizou o helicóptero do Governo do Estado para fazer sua transferência até o Hospital Rio Grande.
“Agradeço de coração aos médicos e enfermeiros dos hospitais de Santa Cruz e de Natal, que me atenderam com rapidez, dedicação e competência, bem como a eficiência no transporte realizado pela Polícia Militar/RN”, escreveu Bolsonaro em mensagem postada no X, antigo Twitter.

A governadora Fátima Bezerra (PT) cumpria agenda no interior do Rio Grande do Norte, na sexta-feira pela manhã, quando recebeu uma ligação do senador Rogério Marinho (PL), que a informou que o ex-presidente havia passado mal e precisaria ser transferido com urgência para Natal, segundo relato da jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.

De imediato, a governadora determinou “total empenho e providências às equipes das secretarias da Saúde e da Segurança Pública do RN em assistência ao ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro”.
“A Sesed mobilizou, de imediato, uma das aeronaves para traslado do ex-presidente a uma unidade de saúde em Natal e orientou os gestores da Secretaria de Saúde que adotassem todas as providências necessárias ao eventual atendimento”, informou em nota o Governo do Estado.
Fátima disse que não coloca divergências acima do seu dever
Bolsonaro foi levado de ambulância do Hospital Municipal de Santa Cruz até um campo de futebol no município, de onde decolou de helicóptero para Natal. Ao chegar à capital, desembarcou no heliponto do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. De lá, onde foi recebido pelo secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta, o ex-presidente seguiu em uma ambulância do Samu Natal para o Hospital Rio Grande.
“Eu nunca coloquei e nunca colocarei divergências acima do meu dever de garantir segurança e saúde a todo e qualquer cidadão, sem exceção. Demos toda a atenção a ele [Bolsonaro]. Era a minha obrigação. Eu não misturo as coisas”, declarou à Folha de S. Paulo a governadora Fátima Bezerra.
“O ex-presidente recebeu toda a atenção necessária, foi atendido com acolhimento, eficiência e dedicação ainda em Santa Cruz”, completou a governadora.
Rogério Marinho fez agradecimento tímido à governadora
O senador Rogério Marinho, em mensagem curta postada no seu perfil no X, agradeceu à governadora pela assistência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Obrigado, governadora”, escreveu ele.

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, também agradeceu à governadora, ao secretário de Saúde Alexandre Motta e ao secretário de Segurança Coronel Araújo pelo “respeito, apoio e prontidão em disponibilizar o helicóptero para o deslocamento imediato” de Bolsonaro para Natal.
Médico de Bolsonaro disse que rapidez na transferência para Natal foi fundamental
O médico particular do ex-presidente, Cláudio Birolini, afirmou que a rapidez da transferência dele para a capital foi fundamental para que o seu estado de saúde não se agravasse.
“Ele [Bolsonaro] chegou aqui [em Natal] extremamente desidratado, com dor. Então, naquele momento, quanto antes ele fosse transferido para cá, seria mais adequado, principalmente no momento em que você não sabia o que estava acontecendo”, declarou o médico, que chegou na madrugada de sábado a Natal para acompanhar o tratamento de Bolsonaro.

“[Poderia ser] uma suboclusão, um infarto, um monte de coisa. Então, você precisa ter a possibilidade de transferir o paciente com a maior urgência possível para um hospital”, explicou.
O médico disse que Bolsonaro tem uma “vida muito intensa” e que “é muito difícil segurar”, mas ponderou que, em razão da sua condição de saúde, principalmente depois dessa crise que ele disse ter sido a mais “exorbitante” desde o acontecimento da facada em 2018, a recomendação médica é que o ex-presidente “reavalie esse ritmo até termos uma ideia de qual o caminho a ser seguido daqui para a frente”.
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