Pelo menos 56 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 18 anos, morreram no Brasil nos últimos 12 anos após participarem de desafios perigosos divulgados em redes sociais. O número consta em levantamento do Instituto DimiCuida, que se baseia em registros da imprensa e em relatos feitos por famílias a organizações da sociedade civil.
O caso mais recente aconteceu neste domingo (13), quando uma menina de 8 anos faleceu após inalar desodorante em aerossol, prática relacionada a um desafio viral. A criança teve uma parada cardiorrespiratória e foi socorrida ao Hospital Regional de Ceilândia, onde chegou a ser reanimada, mas teve a morte cerebral confirmada ainda na unidade de saúde.
A Polícia Civil do Distrito Federal instaurou inquérito para investigar o caso. O objetivo é apurar de que forma a criança teve acesso ao conteúdo do desafio e identificar eventuais responsáveis pela disseminação do material nas redes sociais. Segundo a corporação, caso fique comprovado dolo ou grave negligência por parte de quem criou ou compartilhou o conteúdo, os envolvidos poderão responder por homicídio duplamente qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão.
A tragédia reacende o alerta sobre os riscos da exposição de crianças e adolescentes a conteúdos perigosos na internet.
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