Por outro lado, o Colégio Estudarte nega qualquer agressão. Em nota enviada ao portal Terra, o advogado da escola, Murilo Miotti, afirmou que a professora seguiu os protocolos previstos para conter uma crise de agressividade. Ele relatou que o aluno já havia apresentado episódios anteriores de agressividade, inclusive contra colegas, professores e monitores, e que no dia do ocorrido teria chegado desregulado emocionalmente por conta de uma alteração na rotina.Segundo Miotti, o menino chegou a agredir a professora com mordidas, arranhões, chutes e tapas. Ele também criticou a auxiliar de sala que, ao invés de ajudar, optou por filmar a cena. O advogado sustentou que a imobilização foi uma medida necessária para garantir a segurança da criança e das pessoas ao redor. O caso segue em investigação.
Professora senta em aluno autista para conter crise durante aula
Em um episódio que reacende debates sobre preparo e conduta no atendimento a crianças autistas, especialmente dentro do ambiente escolar, uma professora foi filmada sentando sobre um aluno autista de apenas 6 anos para imobilizá-lo durante uma crise. O caso aconteceu no Colégio Estudarte, em Campinas, interior de São PauloEm um vídeo que circula nas redes sociais, a docente aparece em cima do menino, segurando seus punhos. Em determinado momento, levanta a mão em sua direção. A família da criança, que é autista e não verbal, registrou boletim de ocorrência por lesão corporal. O episódio ocorreu em 26 de março, mas só foi formalmente denunciado à Polícia Civil no dia 11 de abril, por meio da Delegacia Eletrônica. O caso será investigado pelo 4° Distrito Policial de Campinas.Conteúdos RelacionadosJovem com autismo é desclassificado após passar em medicinaServidora chama menino autista de “rei dos transtornos”Famílias com autistas podem ter até 65% de desconto na luzA advogada da família, Thais Cremasco, classificou o episódio como “tortura” e disse que a situação ultrapassa os limites da legalidade e da dignidade humana. A criança, segundo ela, estava há pouco tempo na escola e não retornou mais após o ocorrido. Atualmente, está sendo acompanhada por uma clínica especializada.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsApp!Thais informou que irá solicitar medidas protetivas junto ao Ministério Público e à Vara da Infância e Juventude, além de entrar com uma ação cível por danos morais e materiais, incluindo pensão para custear tratamento psicológico da criança. A escola também será denunciada à Secretaria de Educação para apuração administrativa.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.