Cientistas da Austrália, Cingapura e China publicaram um estudo, em 22 de março de 2025, na revista Nature Communications, que investiga os mecanismos biológicos ligados ao crescimento do cabelo. A pesquisa identificou que a proteína MCL-1 pode ter papel fundamental na regeneração dos folículos capilares e no controle da queda de cabelo.A pesquisa utilizou camundongos como modelo e analisou os efeitos da ausência da proteína MCL-1 nas células da pele. O grupo realizou a deleção do gene MCL-1 em animais adultos, removendo partes dos pelos para observar o comportamento dos folículos capilares durante o processo de regeneração.Os resultados apontaram que a ausência da MCL-1 não comprometeu a formação inicial dos folículos, mas provocou a perda progressiva dos pelos ao longo do tempo. De acordo com os autores, isso ocorreu porque a deficiência da proteína afetou diretamente as células-tronco ativadas dos folículos capilares (HFSCs), responsáveis por iniciar o ciclo de crescimento dos fios.“A deleção aguda de MCL-1 esgota rapidamente as células-tronco ativadas do folículo capilar e bloqueia completamente a regeneração capilar induzida pela depilação em camundongos adultos, enquanto as células-tronco quiescentes do folículo capilar permanecem inalteradas”, escreveram os pesquisadores.Conteúdo relacionado:Vídeo: calvo choca web com truque para esconder carecaCalvície: alimentos que podem evitar queda de cabeloVeja o que pode causar a calvície e as formas de tratamentoOutro ponto do estudo analisou o comportamento das células-tronco após passarem por estresse, o que levou à ativação da proteína P53 — ligada à regulação da morte celular e manutenção do DNA. Quando a P53 foi desativada, os pelos voltaram a crescer, mesmo sem a MCL-1, sugerindo uma interação entre ambas na regulação da regeneração capilar.Além disso, os cientistas identificaram que a via de sinalização ERBB contribui para a preservação das células-tronco ativas ao estimular a produção de MCL-1. Essa via está relacionada a diversas funções celulares e pode ter aplicações em diferentes áreas da biologia regenerativa.Quer mais notícias de saúde? acesse o nosso canal no WhatsAppAs conclusões levantadas pelos autores abrem caminho para futuras pesquisas sobre terapias relacionadas à queda de cabelo, como alopecia e calvície. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 5% das mulheres no Brasil são afetadas por essas condições.“Essas descobertas podem ter implicações mais amplas para controlar a sobrevivência das células-tronco e progenitoras na regeneração do tecido e na expansão de câncer”, destaca o artigo.
Proteína é nova esperança para o fim da calvície
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