Neste sábado, (12/04), ainda à luz do dia mundial de conscientização do espectro autista, haverá uma avaliação prévia de crianças com suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA), no campus Gilberto Gil, localizado no Stiep, a partir das 7:30 da manhã, em Salvador, no Centro Universitário Estácio. As crianças terão avaliação multidisciplinar com terapeutas e médicas a exemplo de neuropediatras e psiquiatras infantis. “A gente sabe como é difícil para famílias que não têm plano de saúde conseguir fechar um diagnóstico. E é a partir do laudo que as fampilias podem correr atrás dos seus direitos”, destaca a idealizadora da ação, a educadora Nadja Maria Moura. A triagem contribuirá para acesso das famílias ao laudo necessário para início de tratamento.
A pedagoga, professora aposentada do estado e coordenadora pedagógica rede municipal de ensino de Salvador, conhece de perto a realidade. É mãe e avó atípica. Por conhecer a dificuldade das famílias para ter acesso ao diagnóstico, propôs a ação para outros profissionais pudessem se engajaram na causa. “Não será possível obter o laudo no momento da ação em casos mais complexos, mas todas as famílias serão acolhidas e orientadas”, acrescenta.
A unidade do Centro Universitário Estácio da capital baiana vai disponibilizar as instalações da brinquedoteca, sala e consultórios de psicologia e sala para a ação social, que contará também com apoio de estudantes, professores e da coordenação do curso de Psicologia e do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico (NAAP). “Quanto mais cedo o diagnóstico acontece, maiores são as possibilidades de intervenção precoce, bem como chances de evolução e qualidade de vida. O ideal é que esse laudo seja obtido até os 3 anos de idade”, reforça a pedagoga Fernanda Menezes coordenadora do NAAP.
As fichas já foram distribuídas com inscrição prévia e, neste sábado, acontecerá a triagem. Os atendimentos começam às 7h30 e devem se alongar por toda manhã. Enquanto aguardam, as famílias poderão participar de rodas de conversa sobre direitos de crianças neurodivergentes e de atividades lúdicas monitoradas por uma equipe multidisciplinar. A organização solicita que as crianças estejam acompanhadas de apenas um responsável em detrimento do pouco espaço disponível na unidade.
(10.04.2025)
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