A partir da próxima segunda-feira (14), o governo do Rio Grande do Sul recebe 1,4 mil novos servidores temporários que atuarão em projetos de reconstrução do Estado. A ação é uma resposta aos estragos causados pelas enchentes de maio de 2024, que destruíram diversas estruturas, como pontes e rodovias. Outros 200 servidores efetivos também se somarão às equipes de secretarias e órgãos estaduais.
Os profissionais atuarão em 41 cidades gaúchas, incluindo Estrela e Lajeado, no Vale do Taquari — uma das regiões mais atingidas pelas enchentes. A maioria das vagas está concentrada na Região Metropolitana de Porto Alegre, mas há também demandas em áreas do interior. As funções envolvem atividades de reconstrução, planejamento urbano, meio ambiente, saúde, assistência social, segurança e outras frentes estratégicas para o restabelecimento dos serviços públicos.
As contratações abrangem 58 áreas de especialidades de nível superior e médio, incluindo engenharia civil, medicina, infraestrutura, tecnologia da informação, comunicação, políticas públicas e gestão governamental. Entre os profissionais, estão 149 engenheiros civis, 111 de outras áreas da engenharia, 18 hidrólogos, 21 médicos — sendo 15 especializados em perícia — e seis meteorologistas.
Os contratos temporários têm duração inicial de 24 meses, podendo ser rescindidos antecipadamente ou prorrogados por mais dois anos, conforme a necessidade do Estado. Os salários variam entre R$ 3,5 mil para cargos de nível médio e de R$ 9 mil a R$ 10,8 mil para nível superior. A atuação é preferencialmente presencial, de acordo com as normas de cada secretaria.
Essa é a primeira grande admissão de profissionais desde a tragédia climática. Até então, o governo havia feito apenas contratações pontuais. O processo seletivo, liderado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), contou com 56 mil inscritos e integra a política estadual de desenvolvimento de pessoal iniciada em 2019.
Do total de servidores temporários, 29% vêm de outros estados brasileiros. A maior parte do grupo tem entre 31 e 50 anos, e quase metade é composta por mulheres. A contratação se insere no projeto de reestruturação das carreiras públicas, aprovado pela Assembleia Legislativa em 2024.
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