Seis réus serão julgados por tentativa de homicídio contra promotor de Justiça em Teutônia

Criminosos são acusados de emboscada contra Jair João Franz, em 2023. Eles também respondem por organização criminosa armada.

Seis acusados de envolvimento na tentativa de homicídio do promotor de Justiça Jair João Franz, ocorrida em Teutônia, no Vale do Taquari, em 2023, serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. A decisão foi tomada pela Justiça após denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Ainda não há data marcada para o julgamento.

Todos os réus tiveram as prisões preventivas mantidas e respondem por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante emboscada, com recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de arma de fogo de uso restrito. Também foram pronunciados pelo crime conexo de organização criminosa armada. Um dos acusados é apontado como chefe da organização, o que agrava a pena.

Segundo o MPRS, 15 disparos foram efetuados contra o promotor quando ele chegava em casa e estacionava na garagem. O atirador estava escondido em um matagal em frente à residência, em uma emboscada previamente planejada. O crime teria sido motivado por vingança, já que a vítima atuava em investigações e denúncias envolvendo os acusados.

“Ofensa à democracia”, diz subprocuradora-geral

Para a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Isabel Guarise Barrios, a decisão da Justiça representa um avanço:

“Um passo importante foi dado para que se concretize a justiça neste infeliz episódio da nossa história institucional, eis que o ataque à vida de um membro do Ministério Público ofende a todos os demais e a própria democracia”, afirmou.

Ela também agradeceu o trabalho dos promotores e procuradores que atuaram no caso, destacando o empenho da equipe na apuração dos fatos.

Organização criminosa envolvida

A denúncia, formalizada em 28 de setembro de 2023, aponta que o ataque foi articulado por uma facção criminosa. Entre os denunciados estão o executor, dois mandantes, o chefe da facção que coordenou o crime de dentro da prisão, sua advogada e três comparsas.

De acordo com o MP, um dos comparsas foi responsável por monitorar os passos da vítima, outro por dar abrigo ao executor, e o terceiro por fornecer o celular e a motocicleta usados na ação.

O caso segue em fase de tramitação judicial e o julgamento pelo Tribunal do Júri deve ocorrer nos próximos meses, marcando um momento decisivo na responsabilização dos envolvidos.

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