É fantástico, é um festival que eu amo, ia estive aqui várias vezes. A gente está na boca da entrada das salas de cinemas, acho que isso trouxe um fôlego impressionante para gente. Estou muito feliz com esse filme sendo exibido nessa tela, nessa cidade, nesse festival
Marcos Pimentel
Embora a competição fosse forte, O Silêncio das Ostras mostrou para o que veio. Marcos admite que não esperava a repercussão do filme em Salvador. “A trajetória do filme está bastante interessante. A gente tem sido muito bem recebido dentro e fora do país, mas aqui eu acho não esperava tanto, ainda mais pela qualidade dos filmes que estavam sendo exibidos”.
Marcos Pimentel
| Foto: Marcos Pimentel
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O filme não ganhou apenas o coração dos baianos, mas o do público estrangeiro também. Após o sucesso no Panorama, o filme vai retornar para os festivais internacionais. “Daqui a gente vai para um festival em Monte Real, o outro em Nova York. Estamos caminhado para em junho, a partir do dia 19, estrear em salas de cinema no Brasil”, acrescentou.Em seu primeiro trabalho como diretora, Luma Flôres provou que tem um grande futuro pela frente. Diretora do curta Como Nasce Um Rio , que venceu a categoria Melhor Curta da competitiva nacional, Luma conta que essa experiência serviu como uma certeza de que ela quer continuar seguindo como diretora.”Eu estou muito surpresa. Esse filme está sendo escrito desde 2021, então desde lá eu acho que venho amadurecendo enquanto realizadora. Já tinha participado de outros curtas-metragens, o que me fez entender muitas funções dentro do cinema, mas estar na direção é muito diferente e eu entendi que é realmente uma função que eu quero continuar seguindo”, pontuou.
Luma Flôres
| Foto: Marcos Pimentel
Frequentando o Panorama há dez anos, a cineasta conta que essa realização carrega um toque especial. “Acho que o primeiro prêmio sempre é muito especial, é onde a jornada do filme começa. Ser em Salvador é muito significativo, nesse festival que me ensinou muito enquanto realizadora”, afirmou.O processo de escolha dos vencedores também não é fácil para quem está do outro lado. Durante essa uma semana de Panorama, os membros de cada júri precisaram conferir, analisar e rankear os filmes competidores. “A gente tem que ter uma decisão, um olhar do porquê ser aquele filme, além de ser uma maratona de filmes, você vibe o festival tanto como espectador, quanto como alguém que tem uma responsabilidade”, contou Ciro Garcez, membro do Júri Jovem da competitiva nacional.Para ele, apesar da maratona exigir muito fisicamente, participar do juri não deixa de ser algo enriquecedor. “Tem isso da responsabilidade, de você se propor a estar nessa atividade e assistir tudo, mas ainda assim é uma atividade prazerosa, de você estar se conectando com cinema do Brasil todo”.PREMIADOS DO XX PANORAMAJÚRI OFICIALCompetitiva NacionalLonga-metragemMelhor Filme: Mambembe, de Fábio MeiraMelhor Direção: Milena Times por Ainda não é AmanhãMelhor Roteiro: Bernard Lessa por O Deserto de Akin, de Bernard LessaMelhor Fotografia: Petrus Cariry por O Silêncio das Ostras, de Marcos PimentelMelhor atuação: Mayara Santos por Ainda não é Amanhã, de Milena TimesMelhor Montagem: Affonso Uchôa, Fabio Meira e Juliano Castro por Mambembe, de Fábio MeiraMelhor Direção de Arte: Juliana Lobo, por O Silêncio das Ostras, de Marcos PimentelMelhor Som: Marcos Lopes por A Queda do céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da CunhaCurta-metragemMelhor Filme: Como Nasce Um Rio, de Luma FlôresCompetitiva BaianaMelhor longa: WR Discos – Uma invenção Cultural, de Nuno Penna e Maira CristinaMelhor curta: Ymburana, de Mamirawá com a co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. TucumãPrêmio de Direção: DF Fiuza, por PalavraPrêmio de Roteiro: Mariana Jaspe e Muriel Alves com a colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira, por Quem é Essa Mulher? De Mariana JaspePrêmio de Fotografia: Gabriel Teixeira, por Na volta eu te encontro, de Urânia MunzanzuPrêmio de atuação: Gilson Ferreira e Durval Braga, por Amor não cabe na sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace NogueiraPrêmio de Montagem: Igor Caiê Amaral, por Catadoras, de Dayse PortoPrêmio de Direção de Arte: Alice Braz, por Meu Pai e A Praia, de Marcos AlexandrePrêmio de Som: Dudoo Caribe e Danilo Duarte, por Na volta eu te encontro, de Urânia MunzanzuCompetitiva InternacionalMelhor Longa: Caminhando no Escuro, de Kinshuk Surjan (ÍNDIA, BÉLGICA, NLD)Melhor Curta: Sal Marinho, de Leila Basma (LÏBANO E QAT)JÚRI JOVEMCompetitiva NacionalMelhor Longa: Ainda não é Amanhã, de Milena TimesMelhor Curta: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr.Competitiva BaianaMelhor Longa: Catadoras, de Dayse PortoMelhor Curta: Bárbara, de Vilma Carla MartinsPRÊMIO CANAL BRASILMelhor Curta: Fenda, de Lis PaimJÚRI DAS ASSOCIAÇÕES (APAN, APC, AUTORAIS)Competitiva NacionalMelhor Longa: O Silêncio das Ostras, de Marcos PimentelMelhor Curta: Como Nasce Um Rio, de Luma FlôresCompetitiva BaianaMelhor Longa: Quem é essa mulher?, de Mariana JaspeMelhor Curta: Tigrezza, de Vinicius EliziárioJÚRI POPULAR CACHOEIRAMelhor Longa Baiano: Quem é essa mulher?, de Mariana JaspeMelhor Curta Baiano: Tigrezza, de Vinicius EliziárioPRÊMIO IGUALE (PanLab de Montagem)Ama Mba’é Taba Ama, montado por Maurizio Morelli e dirigido por Gal Solaris e Nádia Akawã Tupinambá, ganhou recurso de acessibilidade (legendagem descritiva ou Libras).PRÊMIO ATELIER RURAL (PanLab de Montagem)Ópera dos Sapos, montado por Daniel Correia e Higor Gomes, e dirigido por Ulisses Arthur Bomfim Macedo, ganhou uma semana de pós-produção, com hospedagem no local.PRÊMIO PARADISO MULTIPLICA (PanLab de Roteiro)O longa Colmeias (Bruna Laboissière) e os curtas Dois reais e um sonho (Isadora Lis) e Pra quando ela chegar (Antonio Victor Simas) ganharam uma consultoria pela Rede Paradiso Multiplica de TalentosPRÊMIO AEXIB (Seminário de Exibição)O último azul, de Gabriel Mascaro, tem exibição garantida em pelo menos 40 salas de cinema.PRÊMIO PROJETO PARADISOO silêncio das ostras, de Marcos Pimentel, ganhou R$ 10 mil para investimento em distribuição