Leia Também:
Anvisa suspende comercialização e distribuição de soro hospitalar
Pênis aumenta após bariátrica? Saiba a verdade após fala de humorista
Dia Mundial de Combate ao Câncer traz alerta para importância da prevenção
O estudo, realizado por centenas de pesquisadores, incluindo brasileiros, que fazem parte da aliança internacional GBD 2021 Antimicrobial Resistance Collaborators, analisou dados de 204 países e territórios. Os cientistas cruzaram informações sobre causas de morte, internações hospitalares, uso de antibióticos e resistência de 22 espécies de bactérias aos antimicrobianos mais potentes.Se não houver melhorias no cenário, cerca de 39,1 milhões de pessoas poderão morrer entre 2025 e 2050 por infecções causadas por bactérias resistentes. A América Latina e o Caribe responderiam por quase 10% desse total.Quando também se consideram os casos em que a bactéria resistente estava presente, mas não foi a causa direta do óbito, os números sobem ainda mais. Foram 4,78 milhões de mortes desse tipo em 1990 e 4,71 milhões em 2021.A projeção para 2050 é alarmante: 8,2 milhões de mortes anuais. De hoje até meados do século, essas infecções podem provocar 169 milhões de óbitos no mundo — mais do que a população de muitos países.”Os antimicrobianos são pilares da medicina moderna, e a crescente resistência a eles é motivo de grande preocupação”, afirmou o epidemiologista Mohsen Naghavi, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, principal autor do estudo. “Entender essas tendências é essencial para orientar políticas que salvem vidas”, completou.