Morar em Pernambués está mais caro que na Graça ou Pituba, diz estudo

Morar em Pernambués, bairro considerado popular de Salvador, pode custar mais caro do que viver em localidades consideradas como nobres da capital baiana. Ao menos é o que aponta o levantamento realizado pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial.Leia Mais:>> Compra de terreno requer planejamento financeiro e atenção ao trâmite>> O mercado imobiliário em SalvadorDe acordo com os dados divulgados referentes ao mês de agosto de 2024, o preço do m² em Pernambués está custando R$ 7.514 (+14,3%), ou seja, um imóvel padrão de 50 metros custaria em média, aproximadamente, R$ 376 mil. Já um imóvel, do mesmo padrão, nos bairros da Graça e Pituba custam em média R$ 347.650 (+16,2%) e R$ 338.250 (+8,1%).Em conversa com o Portal A TARDE, o professor e consultor de Economia e Finanças, Antonio Carvalho, explicou sobre o caso “emblemático” do bairro de Pernambués. O economista salienta o investimento público e a localização como principais fatores.”Não necessariamente todas as áreas de Pernambués, mas as áreas que margeiam as principais avenidas que o bairro faz fronteira. O final da Avenida Paralela, Avenida ACM e a região ali do Parque Bela Vista, incluindo o Shopping Bela Vista. Essas regiões receberam investimentos públicos e privados com a chegada do Metrô e suas estações, com a construção do Shopping Bela Vista e de empresas privadas, como as concessionárias do final da Paralela. O Shopping Bela Vista e os conjuntos habitacionais que compõem ali o conjunto do Parque Bela Vista acabaram por trazer uma qualificação para essa área”, disse. >> Valor do m² de imóveis dispara em Salvador e morar na Orla fica mais caroO professor ainda conta que os próprios investimentos públicos no caso do sistema viário do shopping Bela Vista levou maior mobilidade para região. “Essa elevação de preço e isso ficou notória é justamente essa percepção de elevação do valor da qualificação da infraestrutura dos sistemas viários da região que promoveram uma percepção de valor e elevação do valor dos imóveis”. No entanto, Carvalho destaca que esse fenômeno se estende apenas a algumas áreas do bairro. “Logicamente repito essa constatação, ela se dá basicamente em algumas regiões da avenida Tomás Gonzaga e as avenidas e as áreas que margeiam as principais avenidas que circundam o bairro”.

|  Foto: Divulgação | FipeZAP

Bairros nobres e popularesAinda em entrevista ao Portal A TARDE, o professor explica os fatores que classificam os bairros entre nobres e populares. Ele destaca três fatores: a arquitetura, o planejamento das ruas, capacidade de escoamento das vias e a infraestrutura. “Não se tem uma região com arquitetura bem construída, com vias largas e facilidade de circulação e infraestrutura adequada. Ela tende a atrair pessoas das classes mais altas com maior renda, justamente porque o valor venal, ou seja, o preço dos imóveis nessas regiões costumam se elevar. Então, esses três fatores definem o preço dos imóveis e o preço dos imóveis acaba definindo o público que vai adquirir. Esses imóveis e que ali vai morar. E consequentemente eles acabam se retroalimentando”.

|  Foto: Divulgação | FipeZap

Preços do m² em SalvadorSeguindo o ranking de maiores aumentos Caminhos das Árvores, fica logo depois, com preço médio de vendas de R$ 8.974/m² (alta de 16,7% em 12 meses); Rio Vermelho (R$ 8.718/m²), com variação de 18%; Ondina (R$ 8.537/m²), alta de 21,8%; Pernambués (R$ 7.514/m²), variação de 14,3%; Imbuí (R$ 6.966/m²), alta de 15,8%; Graça (R$ 6.953/m²), com alta de 16,2%; Pituba (R$ 6.765/m²); alta de 8,1%; Brotas R$ 6.473/m², variação de 10,4% e Itaigara (R$ 6.457/m²), alta de 3,1%.

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