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Cada vez mais mulheres têm buscado alternativas para lidar com a perda de cabelo e recuperar a autoestima, indicam especialistas. Nesse processo, a cirurgia de transplante capilar é uma opção, e a Rainha dos Baixinhos, Xuxa Meneghel, inclusive, é um exemplo de quem aderiu ao procedimento.
Xuxa Meneghel
é um exemplo de pessoa
que aderiu ao procedimento devido à alopecia androgenética.
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Recentemente, a loira passou pelo tratamento devido à alopecia androgenética. “Tirei cabelinhos da parte de trás da cabeça e coloquei aqui em cima, na rodelinha, e na frente, nas entradas”, contou em entrevista ao jornal Extra.Com o assunto em alta devido às declarações de Xuxa, médicos explicaram sobre o problema e apontaram as soluções com o procedimento cirúrgico.Conhecida também como calvície, a alopecia androgenética é causada por uma combinação de fatores genéticos e hormonais, explicou Bruno Frauches, médico cirurgião.“O principal responsável é o hormônio di-hidrotestosterona (DHT), que age nos folículos capilares, tornando os fios progressivamente menores e mais finos até que parem de ser produzidos. Esse processo é mais comum em homens, mas também pode ocorrer em mulheres”, disse.Para seu tratamento existem dois tipos de transplante: o FUE e o FUT.“O método FUE retira folículos um a um da área doadora (geralmente na parte de trás e nas laterais da cabeça) e os transplanta para as áreas calvas. Já o método FUT, que é pouco utilizado atualmente, remove uma faixa de couro cabeludo contendo folículos, que depois são separados e implantados”.Segundo o cirurgião plástico Filipe Canal Moura, o transplante capilar é importante ao complementar os tratamentos medicamentosos, que também são opções de cuidados para a calvície.“A medicação chega em um momento que se estabiliza e não consegue avançar e melhorar. Com o transplante a gente consegue algo a mais. Conseguimos reposicionar os fios e dar uma densidade melhor para o cabelo da paciente. Tem sido cada vez mais feito e procurado por conta do resultado, que fica cada vez mais natural e eficaz”, comentou.Por fim, Gustavo Mello, médico cirurgião plástico, ressaltou que o procedimento também tem sido muito procurado por mulheres que geneticamente nascem com a testa mais larga e desejam deixá-la mais curta.Ele disse que a cirurgia de frontoplastia, em que é feito o corte no couro cabeludo e este é abaixado, quase não é realizada pois deixa cicatriz. “Para substituir a antiga frontoplastia, o que a gente faz é o transplante capilar no intuito de baixar a dimensão vertical da testa”, disse.Fique por dentro Alopecia androgenéticaForma mais comum da queda de cabelo nas mulheres, é uma condição causada por uma combinação de fatores genéticos e hormonais. O médico cirurgião Bruno Frauches disse que o principal responsável é o hormônio di-hidrotestosterona (DHT), que age nos folículos capilares, tornando os fios progressivamente menores e mais finos até que parem de ser produzidos.Na alopécia androgenética feminina, a região central do couro cabeludo costuma ser a mais acometida.QuantidadeO problema afeta cerca de 5% das mulheres no planeta e costuma se manifestar principalmente após os 50 anos. Na adolescência, porém, ele já pode aparecer. TratamentosMedicamentos Os mais comuns são a finasterida e a dutasterida, que bloqueiam a formação do DHT, reduzindo a progressão da doença.A espironolactona tem ação antiandrogênica e é frequentemente indicada para mulheres. O minoxidil estimula o crescimento capilar e melhora a circulação sanguínea no couro cabeludo.Observação: a pessoa não deve se automedicar, e sim procurar um médico ao perceber os sinais de estar com alopecia. Quanto menos tempo perder, melhor! Terapias Injetáveis (MMP e Mesoterapia)Consistem na aplicação de medicações diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento capilar e reduzir a queda dos fios.Transplante Capilar (FUE e FUT)O médico cirurgião Bruno Frauches explicou que o método FUE retira folículos um a um da área doadora (geralmente na parte de trás e nas laterais da cabeça) e os transplanta para as áreas calvas. Já o método FUT, que é pouco utilizado atualmente, remove uma faixa de couro cabeludo contendo folículos, que depois são separados e implantados.Segundo Gustavo Mello, médico cirurgião plástico, na maioria das vezes as mulheres começam com tratamento medicamentoso e depois, em última análise, ao não ser tão satisfatório, realizam o transplante capilar.É válido pontuar que não é um procedimento doloroso. Porém, após ser realizado, a paciente precisa tomar cuidados: não friccionar, encostar, esfregar a área que foi transplantada. Essa região deve ser higienizada utilizando borrifador principalmente nos três primeiros dias. Depois de tal período, poderá ser higienizada com a pontinha dos dedos. Existe cura para calvície?Gustavo Mello ressaltou que a calvície não tem cura.Ele explicou que os fios que não foram transplantados continuam sofrendo a influência genética e hormonal, assim, mesmo fazendo o transplante, a mulher tem que manter a medicação e os tratamentos clínicos para os fios nativos (não transplantados).Testa menorAlém de quem tem alopecia androgenética, o transplante capilar tem sido muito procurado por mulheres que geneticamente nascem com a testa mais larga e desejam deixá-la mais curta, apontou Gustavo Mello.Você sabia É normal que fios de cabelo caiam da cabeça. Isso não representa, necessariamente, um problema a saúde. Estima-se que cerca de 50 a 100 fios caiam por dia de um couro cabeludo saudável, e esse número pode variar por diversos fatores como o clima, a alimentação e o atrito.