Desextinção do lobo-terrível: empresa diz ter dado vida a espécie extinta há 10 mil anos


A espécie, natural da América do Norte, seria a primeira a retornar a da extinção. Empresa diz ter utilizado DNA extraído de fósseis antigos. Rômulo e Remo, da espécie lobo-terrível, que foi desextinta, de acordo com a Colossal Biosciences.
Colossal Biosciences
A Colossal Biosciences, empresa que busca trazer de volta animais extintos há milhares de anos, anunciou, nesta segunda (7), a primeira desextinção de uma espécie: o lobo-terrível (dire wolf, em inglês).
Segundo a empresa, a espécie, extinta há mail de 10 mil anos, teria retornado com o nascimento de dois filhotes “trazidos de volta à vida usado DNA antigo extraído de resto fossilizado”. Batizados de Rômulo e Remo, a dupla nasceu em 1 de outubro de 2024.
➡️O lobo-terrível era visualmente semelhantes aos lobos cinzentos e aos chacais, apesar de ter uma linha genética distinta. Natural da América do Norte, o registro mais antigo da espécie data de 250 mil anos atrás.
“Este momento marca não apenas um marco para nós como empresa, mas também um salto à para a ciência, a conservação e a humanidade”, afirma a empresa em uma postagem no X.
Como foi feita a desextinção
Para trazer a espécie de volta, a Colossal afirma ter utilizado edições genéticas derivadas de um genoma completo de lobo-terrível.
A empresa teria reconstruído o genoma a partir de um DNA antigo encontrado em fósseis que datam de 11,5 mil e 72 mil anos.
Após o nascimento de sucesso da dupla de lobos, a empresa acompanhou o desenvolvimento dos primeiros novos integrantes da espécie, que atualmente estão com cinco meses e vivem em um centro de preservação da vida selvagem nos Estados Unidos.
A companhia tem como objetivo se tornar a primeira empresa a utilizar a tecnologia CRISPR para trazer de volta à vida espécies já extintas.
Lobo-terrível atualmente, já com cinco meses.
Colossal Biosciences
Em março deste ano, a Colossal já havia anunciado um avanço em suas pesquisas com a criação de camundongos geneticamente modificados com pelos semelhantes aos dos mamutes-lanosos, espécie extinta há quatro mil anos.
Mas essa seria a primeira vez em que uma espécie teria sido desextinta com todas as suas características originais.
Por que ressuscitar animais extintos?
A empresa foi criada em 2021 com o objetivo de “ressuscitar” animais extintos em versões modificadas para buscar o equilíbrio ambiental.
Segundo os pesquisadores da Colossal, o aquecimento global tem aumentado as temperaturas na tundra da Sibéria e da América do Norte, acelerando a liberação de grandes volumes de dióxido de carbono na atmosfera.
Atualmente, a tundra é ocupada principalmente por musgo, mas, na época dos mamutes, havia pastagens. Biólogos acreditam que o mamute desempenhava um papel fundamental nesse ecossistema, ajudando a manter o pasto ao remover musgo, derrubar árvores e fertilizar o solo com seus excrementos.
A ideia é que, com a volta desses animais, esse equilíbrio possa ser restaurado, ajudando a conter as emissões de dióxido de carbono.
Com essa proposta, a empresa vem arrecadando bilhões de dólares desde sua criação. Hoje, as avaliações de mercado indicam que a Colossal vale aproximadamente US$ 10 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões na cotação atual).
Desextinção de espécies: ficção ou realidade?
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