O senador Rogério Marinho (PL-RN) participou neste domingo 6 de uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que reuniu o ex-presidente Jair Bolsonaro e milhares de apoiadores vestidos com as cores da bandeira do Brasil. Em seu discurso, o parlamentar defendeu a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e reafirmou que a prerrogativa sobre o tema cabe ao Congresso Nacional.
Durante sua fala, Marinho classificou o cenário político atual como de “perseguição política” e destacou a necessidade de restaurar o equilíbrio entre os Poderes. “A anistia que está sendo vilipendiada por aqueles que não querem a reconciliação do país. A anistia, na verdade, é uma prerrogativa do Congresso Brasileiro. Não pertence ao Supremo Tribunal Federal, não pertence ao Presidente da República, não pertence aos órgãos de imprensa. Pertence àqueles que são os legítimos donos do Brasil, que é o povo brasileiro”, afirmou o senador.
Líder da oposição no Senado, Marinho também direcionou críticas ao presidente Lula, alegando falta de propostas e classificando a gestão petista como guiada pelo ressentimento. “A população brasileira percebeu o engodo de dois anos atrás. Muitos já se arrependem do voto porque estão sofrendo na pele”, declarou.
Em outro momento de seu pronunciamento, o senador atacou o sistema Judiciário, ao qual acusou de atuar de forma parcial. “Nós não podemos aceitar como normal que nós tenhamos uma justiça em que não há mais um juiz natural, em que não há o princípio da ampla defesa, em que o juiz que se diz vítima hoje preside o inquérito. E que nós estamos sendo julgados sem a prerrogativa de foro”, disse Marinho.
Encerrando sua fala, o parlamentar fez uma retrospectiva histórica sobre concessões de anistia no Brasil e defendeu que a reconciliação nacional seja priorizada. “Ao longo da nossa história, o Brasil teve mais de 40 anistias desde 1822. Porque nós tivemos grandes homens governando esse país. Pessoas que tiveram o desprendimento de fazerem a conciliação e a pacificação do país. Desde os imperadores que passaram pelo Brasil, até os primeiros presidentes, até o ditador Getúlio Vargas, até o grande presidente Juscelino Kubitschek. Todos tiveram gestos de desprendimento e reconciliação. Mas o que falta no Brasil é a estatura de um líder”, concluiu.