A atriz Fernanda Machado vai lançar, em breve, um livro sobre o que aprendeu sendo mãe. Chamado “Tudo o que não me contaram sobre a maternidade”, a publicação focará em assuntos como maternar em tempos modernos, endometriose, perda gestacional e TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual), uma síndrome mais grave que a TPM com a qual ela foi diagnosticada há um ano e meio.
“Quando descobri o que eu tinha, senti um mix de emoções. O diagnóstico me trouxe alívio por entender o que estava acontecendo no meu cérebro”, disse em um vídeo publicado no Instagram.
Segundo pesquisa feita pela atriz para seu livro, a síndrome pode levar até a pensamentos suicidas. Estima-se que de 3% a 8% das mulheres no mundo tenham o problema antes da menstruação.
O que é TDPM
A síndrome é mais grave que a TPM e acontece na mesma época do ciclo. É mais do que aquela tristeza que muitas mulheres sentem antes de menstruar: a TDPM pode causar dificuldade para trabalhar, se relacionar com pessoas, gerar uma vontade de isolamento, compulsão alimentar intensa, muita irritabilidade e tristeza. Os sentimentos podem ser incapacitantes.
Em alguns casos, a TDPM pode também causar sintomas físicos. Algumas mulheres podem apresentar edemas (inchaços) nas pernas, dor de cabeça e aumento das mamas, deixando-as ainda mais sensíveis ao toque.
A TDPM pode ser confundida com uma crise de ansiedade ou depressão, por conta de crises de choro ininterruptas. O que a diferencia de outras doenças é a época do mês em que acontece: geralmente, de cinco a sete dias antes do início do período menstrual. Os sintomas também costumam desaparecer até três dias após o fim da menstruação.
Causa e tratamento
É a queda abrupta de hormônios antes do período menstrual que pode causar sintomas tão intensos. A diminuição significativa da progesterona e do estrogênio no corpo da mulher atinge um sistema de neurotransmissão que ajuda a controlar a ansiedade. Explicando com palavras médicas: a progesterona, em menor quantidade, interage com o sistema gabaérgico (responsável por controlar nosso humor, sono e estresse), causando descontrole da ansiedade e podendo provocar alterações clínicas.
Às vezes, apenas uma mudança no estilo de vida já ajuda a aliviar os sintomas da doença. Atividade física regular, meditação, ioga e uma alimentação saudável podem trazer bem-estar, o que ajuda com os sintomas mais graves.
Alguns casos pedem o uso de medicamentos. O médico poderá recomendar o uso de medicações para tratamento de depressão e ansiedade, ou até mesmo o uso de contraceptivos.