Pintas que mudam de cor ou formato podem indicar câncer de pele, alerta dermatologista

A dermatologista Alana Wanderley ressaltou a importância do acompanhamento regular com especialistas para prevenir doenças de pele, especialmente o câncer. “A pele é o maior órgão do corpo humano, e existem mais de 3 mil doenças de pele relatadas”, afirmou em entrevista à 95 FM de Caicó. Segundo ela, a avaliação dermatológica frequente permite detectar precocemente casos de câncer de pele, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O câncer de pele é o mais comum no Brasil, e os fatores de risco incluem a exposição excessiva ao sol sem proteção. “Principalmente na nossa região, que é muito quente, a incidência da radiação solar é alta. Muitas pessoas não usam protetor solar, e isso contribui diretamente para a prevalência da doença”, alertou Alana. Ela explicou que há diferentes tipos de câncer de pele, incluindo o melanoma, que pode se espalhar para outros órgãos.

A especialista orientou sobre sinais de alerta que não devem ser ignorados, como mudanças em pintas e manchas na pele. “Existe a regra do ABCDE: A de assimetria, B de bordas irregulares, C de cor com variação, D de diâmetro maior que 6mm e E de evolução da lesão”, explicou.

Sobre prevenção, Alana recomendou evitar a exposição solar entre 10h e 16h, usar roupas de proteção UV e aplicar protetor solar diariamente. “Deve ser reaplicado ao menos duas vezes ao dia”, afirmou. Para quem tem dúvidas na escolha do produto, ela destacou que pessoas com pele oleosa devem optar por fórmulas específicas para o rosto.

Sobre a polêmica da vitamina D e a exposição ao sol, Alana afirmou que a suplementação é necessária em alguns casos. “Os endocrinologistas indicam tomar sol ao meio-dia, mas nós, dermatologistas, evitamos essa prática. Se houver necessidade, a vitamina D pode ser reposta por cápsulas”, explicou.

Por fim, reforçou que o autoexame da pele deve ser feito regularmente, mas não substitui a consulta com o dermatologista. “Muitas pessoas menosprezam sinais de alerta. Já atendi trabalhadores rurais que arrancaram sinais suspeitos com as próprias mãos, o que pode ser perigoso”, relatou.

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