A abominável violência contra a mulher

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública: de 2023 para 2024 cresceram 0,8% os casos de feminicídio e, no mesmo período, os demais casos de mortes violentas intencionais, num indicativo de que o crescimento dos assassinatos de mulheres somente pelo fato serem mulheres vai na contramão dos outros índices de violência.

Em vigor desde março de 2015, a partir de projeto da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investigou a violência contra a mulher no Brasil, a legislação não apenas qualifica o crime de feminicídio, como classifica o delito como hediondo.

Diariamente o noticiário nos revela casos assustadores de feminicídio, nas formas mais absurdas e inexplicáveis possíveis, e Alagoas, infelizmente, faz parte desse contexto.

O cenário inclui também crimes sexuais de diversas espécies contra as mulheres em situações absolutamente inimagináveis, até porque as mulheres constituem a maioria da população e nada justifica um homem insistir num relacionamento a pulso, sem que exista alguma necessidade para isso.

Segundo a Agência Câmara de Notícias, a Lei do Feminicídio prevê reclusão de 20 a 40 anos para os assassinos de mulheres e, além disso, estabelece uma série de agravantes para o crime, que podem resultar em aumento de um terço até a metade da pena.

Entretanto, isso não tem sido suficiente para diminuir a intensidade da agressividade de boa parte dos homens – muito pelo contrário.

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