Um exemplo da difícil acessibilidade com as “faixas verdes” na orla de Maceió

Ganhou alta visibilidade nas redes sociais no último final de semana a postagem de um jornalista de Goiás que veio a Maceió a trabalho e externou as dificuldades enfrentadas por aqui por conta de precisar utilizar cadeiras de rodas para se locomover.
Um dos momentos mais difíceis para ele foi quando precisou encontrar com amigos numa barraca da orla e, após conseguir um veículo por aplicativo a muito custo (vários outros se recusaram a transportá-lo, por ser cadeirante), teve de pedir para o carro parar na área interna da Avenida Sílvio Viana.
Para atravessar o canteiro central, as duas “faixas verdes” e as vias de circulação de veículos ele precisou da ajuda de um cidadão que empurrou a cadeira de rodas até a barraca.
O caso é um exemplo prático dos problemas que moradores de prédios da região, outros maceioenses e turistas têm enfrentado naquela área depois da proibição de estacionamento no trecho entre a Praça dos Sete Coqueiros e o Marco Referencial, no antigo clube Alagoinhas.
Não é a toa que o movimento de bares, barracas e restaurantes nesse trecho caiu em cerca de 40%, segundo dados da Abrasel.
Leia, na íntegra, a postagem do jornalista Brazil Nunes:
 
“A orla de Maceió é uma das mais bonitas do Brasil. Tem um povo acolhedor, excelentes restaurantes mas para as pessoas que são PCD como eu a acessibilidade não existe. Nem mesmo na orla, principal cartão postal da capital. Quando tem uma calçada rebaixada a gente não consegue atravessar as ruas por causa dos desníveis entre as calçadas e a faixa de pedestre. Se alguém te ajudar a entrar na faixa do outro lado da pista não tem a calçada rebaixada e na maioria das vezes a gente encontra uma calçada mais alta. Eu fico imaginando a engenharia usada pela @prefeiturademaceio e a sua capacidade técnica. Essa é a terceira vez que eu visito a cidade e vim a trabalho. Sou uma PCD, jornalista e palestro sobre acessibilidade e capacitismo. Com certeza Maceió será citada como a cidade bonita e inacessível. Pagamos impostos altos, consumimos como qualquer outro turista mas fomos vitimas do descaso público. Eu imagino como devemser os bairros da linda Maceió com relação a essa pauta. Se você tem dificuldade de locomoção ou é uma pessoa PCD saiba que se vier à capital alagoana vai passar por muitos dissabores. Fica essa sugestão de pauta.”
 
Adicionar aos favoritos o Link permanente.