Mulheres rurais ganham autonomia financeira no Sul da Bahia

Na pequena Comunidade Pedra D’Água, na zona rural de Alcobaça, Sul da Bahia, a agricultora Nathania do Vale Lima, de 34 anos, desafia as adversidades para ver a terra florescer, e se dedica integralmente à horta construída num espaço de 200 metros quadrados da sua propriedade rural. Além de garantir o alimento na mesa, Nathania viu no cultivo de hortaliças a oportunidade de aumentar a renda da família.A horta foi construída há menos de três meses, com o auxílio do projeto Raízes da União, que incentiva a implantação de hortas familiares, desenvolvido pela associação de produtores locais, contemplada no Edital Transformando o Futuro, lançado pela Suzano em 2024. Por meio da iniciativa, Nathania recebeu materiais e mudas para a construção da horta e, em pouco tempo, já consegue comercializar parte da produção em feiras livres e por meio do próprio delivery.“Aqui produzo de tudo um pouco, desde alface, coentro, salsa e cebolinha, até quiabo, feijão de corda, jiló, abóbora, pimentão e algumas frutas também”, afirma a produtora, acrescentando que a horta já é uma parte importante da renda familiar. “Com a horta, passei a oferecer alimento saudável para minha família e ainda vender o excedente.”Além de Nathania, outras 15 mulheres da comunidade foram beneficiadas com a iniciativa. O projeto aprovado no Edital Transformar o Futuro, da Suzano, destinou R$ 30 mil para aquisição de adubo e implementos agrícolas, utilizados pelos produtores para a montagem e manutenção das hortas.“Cada família tem sua horta particular e montamos também uma horta comunitária para as mulheres, onde trabalhamos juntas”, relata Nathania. “Em breve, também vamos lançar um aplicativo próprio para ampliar nossas vendas pelos meios digitais.”Quintais produtivosJá na Comunidade Bom Jesus, também em Alcobaça, outro grupo de mulheres rurais está tornando os quintais das famílias mais produtivos. A ideia é ampliar a produção agrícola dentro dos quintais, proporcionando alimentos frescos e de qualidade para consumo próprio e para comercialização.

Projeto Jardim do Éden

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Denominado “Jardim do Éden”, o projeto também é apoiado pela Suzano e tem foco na expansão da mandiocultura, principal cultura agrícola da localidade, e na produção de frutas cítricas, como forma de diversificação.“O projeto teve início no final do ano passado e foi implantado em 25 quintais, com recursos repassados pela Suzano”, ressalta a agricultora Priscila de Jesus, de 33 anos. “Adquirimos as mudas e insumos que foram distribuídos para as mulheres participantes do projeto, tivemos orientação técnica para o plantio, adubação e manejo da terra, e agora a expectativa é que em cinco meses inicie a colheita da mandioca – e que em 14 meses as frutíferas comecem a produzir.”

Priscila de Jesus

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O coordenador de Relacionamento Social da Suzano, Deivid Pereira, lembra que a empresa apoia diversas iniciativas que visam a impulsionar o crescimento da região Sul da Bahia. “Estamos localizados em uma região de grande vocação rural e a companhia está empenhada em fomentar a agricultura familiar, transformando a vida dos pequenos produtores, agregando valores e fortalecendo a produção regional”, afirma. “Entendemos que é papel da Suzano contribuir para um mundo menos desigual, a começar pelas regiões onde temos atuação.”Contatos:- Projeto Raízes da União – venda de hortaliças, frutas e legumesContato: (73) 99815-3437 (Nathania)- Projeto Jardim do Éden – venda de mandioca, farinha e frutasContato: (73) 98140-9005 (Priscila)Corte e costura no interiorDa agulha ao fio de linha, mulheres de Nova Viçosa, 890 quilômetros ao sul de Salvador, estão costurando um futuro melhor para elas e suas famílias. Diariamente, um grupo de 20 costureiras se encontra na sede da Associação Quilombola da Comunidade de Helvécia, unidas por um propósito comum: melhorar suas vidas por meio da fabricação de roupas íntimas femininas.

Associação Quilombola da Comunidade de Helvécia

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A presidente da associação, Maria Aparecida dos Santos, de 62 anos, ressalta que o empreendedorismo “é uma forma de empoderamento feminino, levantando a autoestima das mulheres locais, e criando uma nova fonte de renda para as famílias, que antes dependiam apenas da agricultura”.O projeto “Costurando Sonhos Através da Lingerie” está no auge da produção e, no próximo mês, o grupo vai ganhar uma loja física própria, às margens da BR-418, que liga Posto da Mata a Nova Viçosa.“No final do ano passado, nós fomos contempladas pelo edital da Suzano, que possibilitou a compra da matéria-prima, como tecidos, rendas e linhas, além de custear uma profissional para dar aulas e expandir o conhecimento das nossas costureiras”, relata Maria. “A Suzano também está viabilizando o nosso ponto comercial, que ficará dentro do Shopping Quilombola, local de passagem de muitos turistas para as praias da região.”Clientes de outras regiões podem apoiar o trabalho das costureiras e encomendar peças pelo contato (73) 99934-7045.Projetos sociais do Extremo Sul recebem R$ 1 milhãoA Suzano, maior produtora mundial de celulose, destinou R$ 1 milhão para o fomento de 30 projetos de Geração de Renda, Cultura, Esporte e Lazer em comunidades do Extremo Sul da Bahia. As iniciativas foram selecionadas por meio do Edital Transformar o Futuro.Ao todo, o edital engloba 26 comunidades dos municípios de Alcobaça, Caravelas, Mucuri, Nova Viçosa e Prado. A estimativa é beneficiar um total de 8.125 pessoas com projetos desenvolvidos por organizações da sociedade civil, associações produtivas e comunitárias e cooperativas.O diretor de Operações Industriais na Unidade Mucuri da Suzano, Eduardo Andrade, ressalta o compromisso da empresa com o desenvolvimento local. “A Suzano tem um século de história, sendo 33 anos de presença na Bahia e, ao longo desse tempo, construímos um legado de transformação para o extremo sul baiano”, afirma. “Queremos continuar contribuindo para o desenvolvimento da região e, por isso, entendemos a importância de apoiar iniciativas que vão impactar positivamente o cenário socioeconômico local nos próximos anos.”O edital é mais uma iniciativa da Suzano para o cumprimento da meta corporativa de redução da pobreza e para o impulsionamento da educação nas regiões de operação da empresa.“A companhia está presente em mais de 200 municípios brasileiros, onde 3,3 milhões de pessoas estão em situação de pobreza”, destaca Jany Kelly Guizzardi, gerente executiva de Negócios Florestais, Governança e Processos da Suzano. “Para fazer frente a essa realidade e ajudar a transformá-la, a companhia atua em parceria com outras empresas, organizações da sociedade civil, associações e cooperativas, poder público, entre outros. No Sul da Bahia, também atuamos com a cessão de áreas para execução dos projetos apoiados.”

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