Festival de Graffiti Bahia de Todas as Cores movimenta a Ilha de Itaparica

A 7ª edição do Festival de Graffiti Bahia de Todas as Cores- BTC @bahiadetodasascores aconteceu entre os dias 27 a 30, em Itaparica- Bahia, marcando a expansão do evento para novos territórios. Realizado pela Rede Amo Produções em parceria com o Coletivo Vai e Faz, o festival se consolida como um dos principais encontros de arte urbana do Brasil, promovendo um intercâmbio cultural entre artistas locais, nacionais e internacionais. Esta edição de 2025 registrou 700 inscritos no total, com participantes de 25 estados brasileiros e do Distrito Federal, além de 103 estrangeiros de 11 países, abrangendo todos os continentes.

A arte urbana transformou muros de cores únicas em obras de artes. Trouxe de volta às ruas personagens históricos da ilha, o pescador Cosme, (in memorian) e a heroína Maria Felipa. A ilha de Itaparica se transformou em um museu a céu aberto.

A artista amazonense, Wira Tini, que é descendente do povo Kokama, é uma das organizadoras do festival e destaca alguns artistas participantes.
“Acho que é importante a gente falar sobre artistas indígenas que vão estar presentes, artistas urbanos, como a Wamense, é uma artista do Amazonas, do povo Mura, que ela traz a pauta sobre mulheres, a pauta indígena dentro do trabalho dela. Isso é uma coisa muito legal. Vai estar presente o Coelho, que é um artista trans, então ele traz esse tema para dentro do trabalho dele, dentro desse discurso. A gente vê a diversidade que traz a arte urbana para dentro desse contexto da arte. A Samira Soares, que ela é uma artista da literatura, que é uma militante do movimento negro unificado, que é uma mulher do interior da Bahia e está presente nesse festival, apresentando as influenciadoras da Bahia. Acho que isso é uma apresentação bem legal.”

A abertura do festival na Casa de Cultura Mirante do Solar teve a masterclass “Arte Urbana e Mídia Sociais”, com mediação da pesquisadora em Comunicação Digital Alana Gama.

O festival também promoveu mutirões de pintura em comunidades, workshops em escolas públicas e shows.
“Quando a arte entra dentro de uma comunidade, a comunidade nos ensina muito também. E acaba que muitas vezes os donos das casas, os donos locais que a gente vai fazer esse trabalho, viram curador. Eles dão aquele palpite para os artistas, acabam transformando a sua arte em uma coisa mais local, onde os próprios moradores locais vão se sentir representado pelas obras. E aí tem as oficinas também, né? Pra levar pras crianças, pros jovens de escolas públicas, entender que eles podem também fazer arte. Acho também que faz parte da vida deles. E eles podem entrar nesse caminho de trabalhar com arte.”

Crédito das fotos: Mara Cardoso / Jornal Atualize

O Festival teve apoio financeiro do Fundo de Cultura , do Governo do Estado da Bahia, através do Edital 03/2023 Eventos Culturais Calendarizados – FCBA- e da Prefeitura de Itaparica.

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