Os órfãos do bolsonarismo em Alagoas

A iminente condenação de Jair Bolsonaro é previsível e mais factível ainda agora que o ex-presidente se tornou réu por decisão do Supremo Tribunal Federal, deixando no ar uma indagação: qual o futuro do bolsonarismo?

Seus milhões de seguidores, identificados por essa expressão, são candidatos a órfãos políticos, diante da constatação irreversível que uma das punições já impostas ao seu líder é a inelegibilidade por oito anos, o que significa seu afastamento das eleições nesse período, independentemente da pena de prisão que lhe venha a ser atribuída.

Tal orfandade, em Alagoas, atinge em cheio, além de pessoas comuns, personagens com mandato político e que cultam o bolsonarismo.

Alguns exemplos: os deputados federais Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil) e Delegado Fábio Costa (PP), o deputado estadual Cabo Bebeto (PL) e, dentre outros, os vereadores Leonardo Dias (PL), Delegado Thiago Prado (PP) e Eduardo Canuto (PL).

Até pouco tempo atrás essa relação de bolsonaristas incluiria necessariamente duas outras figuras com mandato: o deputado federal Arthur Lira (PP), que quando presidente da Câmara era da base eleitoral de Bolsonaro e foi da linha de frente da sua campanha em 2022, e o prefeito João Henrique Caldas, presidente do PL de Bolsonaro em Alagoas, mas que tem demonstrado empenho numa aproximação com o presidente Lula (PT).

Inegavelmente, o palanque de Jair Bolsonaro está bem menor em Alagoas, mesmo que ele consiga o que parece impossível política e juridicamente: recuperar seus direitos políticos e ser candidato nos próximos oito anos.

O certo é que os bolsonaristas, inclusive os alagoanos, precisam encontrar outra liderança para seguir…

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.