Federação União Brasil-PP pode virar superlegenda e eleger 4 deputados no RN

A possível federação entre União Brasil e Progressistas (PP) pode transformar o cenário eleitoral de 2026 e criar uma superlegenda no campo do centro-direita, avaliou o presidente do União Brasil no RN. Segundo ele, se concretizada, a federação pode ter um papel decisivo nas próximas eleições presidenciais e estaduais. “No RN, essa federação elegeria, no mínimo, quatro deputados federais”.

Agripino explicou que o desenho da federação está em negociação, com a divisão do comando dos estados entre os dois partidos. Segundo ele, União Brasil ficaria com nove estados, incluindo o RN, e o PP com outros nove. Os principais centros — São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais — seriam comandados pela executiva nacional da federação. “É um projeto que fortalece o centro político e quebra a bipolarização entre Lula e Bolsonaro”, afirmou.

Juntas, as duas siglas somariam cerca de 109 deputados federais e mais de 10 senadores, criando um bloco parlamentar de peso. “Seria o maior partido do Congresso, com poder de decisão real sobre chapas, alianças e rumos da eleição. E mais: com chances reais de eleger presidente, senador e uma grande bancada”.

Agripino vê a federação como um instrumento de renovação política e como alternativa à polarização. “Hoje temos Lula de um lado e Bolsonaro de outro. Mas ninguém sabe o que vai acontecer com nenhum dos dois. O centro precisa estar preparado com musculatura para oferecer um caminho viável”, afirmou. Segundo ele, o candidato presidencial da federação pode vir de outro partido, como Republicanos ou Podemos, mas terá a força da maior base legislativa do país. “Se tivermos juízo, podemos romper com essa guerra ideológica e apresentar uma alternativa real de poder”, completou.

Apesar do entusiasmo, ele reconhece que ainda há obstáculos em estados onde ambos os partidos têm pré-candidatos fortes ao governo, como Paraíba e Acre. O prazo final para formação da federação é maio de 2025, mas as definições devem começar a se firmar até o fim de abril. No Rio Grande do Norte, segundo ele, o clima entre os dois partidos é de total entendimento. “Aqui, a relação com João Maia, Paulinho Freire e os demais nomes do PP é a melhor possível”, garantiu.

Para Agripino, a federação é importante agora, mas será ainda mais decisiva em 2026. “É a chance de fazer uma frente sólida, com nominatas competitivas em cada estado e com um candidato de centro forte para disputar a presidência. Isso muda o jogo”, concluiu.

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