Por Rômulo Sckaff
Acabamos de assistir um show de vergonha alheia, promovido por advogados que reconhecem a existência de uma tentativa de golpe, mas os seus clientes não compactuam com isso.
Mesmo que eles sejam diretamente os grandes beneficiários caso a intentona de 8 de janeiro se conclua.
Vemos um filho feio gerado sem pai nem mãe, ninguém é culpado por incentivar uma parte inculta da sociedade a usar de violência extrema contra quem se opunha ao sistema de casta que se tentou implantar no Brasil.
Um grupo de conservadores que não tem convicções ideológicas, e não pensa nem por um minuto em defender seus comparsas.
Me remete a imagem da Presidenta do Brics Dilma Rousseff, onde encarou o tribunal militar e mostrou seu rosto, enquanto vergonhosamente os defensores da ordem de plantão escondiam seus rostos.
Uma certeza incontestável é a verdade em acreditar no que se faz, os presos e torturados do passado não tinham o que esconder, queriam um Brasil livre de domínio imperialista e com o povo consciente de seus direitos.
Nesse processo onde coloca inclusive alguns militares anistiados do período de exceção, morte e perseguição que atravessamos de 1964 a 1985.
Um povo que jamais respondeu pelos crimes cometidos, que sempre teve nas catacumbas do poder para violentar os direitos civis agora se sentem acuados por não poder fazer o que sempre fizeram, garantir os direitos de ser opressor.
Não acredito em uma justiça sempre correta e sem erros, mas é notório saber que em 8 de Janeiro alguém financiou os “incultos” a realizar uma algazarra com objetivo bem claro de acabar com a democracia no Brasil.
Até a famosa senhora que pichou a estátua e por coitadismo esquece os outros crimes que ali foram expostos e da sua participação no passeio no planalto.
Mas ainda precisamos avançar muito, em punição desse grupo muito bem dito pela PGR e muito bem relatado e votado pelos ministros do supremo.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos, mas sem dúvida alguma, ouvir as defesas realizar malabarismo jurídico para desassociar seus clientes em uma sanha golpista no Brasil é de envergonhar o judiciário que um dia teve Sobral Pinto invocando a defesa dos direitos dos animais para defender os presos em 1935.
Para além das devidas punições dos mandantes dos crimes contra o estado brasileiro, que fique a lição para as gerações futuras que não será através da violência que se resolve as coisas, temos representantes eleitos para que nossas ambições, sonhos e desejos possam ser alcançados.
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