Cachorro é resgatado e tem quase 3kg de pelos sujos, duros e com moscas retirados do corpo

Um poodle de 14 anos, chamado Scooby, foi resgatado em condições de maus-tratos na Rua Padre Justino, na Praia de Iracema, em Fortaleza (CE). O animal estava extremamente debilitado, com pelos endurecidos e sujos, vivendo em um ambiente insalubre. Ao todo, quase três quilos de pelos foram retirados do cão, que pesa menos de dez quilos.

A ação foi conduzida pela Polícia Civil do Estado, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). A tutora do animal, uma mulher de 47 anos, foi presa em flagrante nesta semana. A operação foi divulgada nesta sexta-feira 28.

O resgate ocorreu após uma denúncia anônima informando que o cão estava sendo mantido em situação de maus-tratos. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o animal sem acesso a água e comida.

Após o resgate, Scooby foi encaminhado à ONG Anjos da Proteção Animal (APA), na região metropolitana de Fortaleza, onde recebeu atendimento veterinário. Segundo a APA, o cão estava muito anêmico, com miíase (infestação por larvas de mosca), nódulos de sangue na pele e moscas varejeiras saindo de seus pelos.

A ONG divulgou um vídeo mostrando a situação do animal ao chegar na clínica veterinária Soul + Bicho. “Foi um negligenciamento de muitos anos”, descreveu a publicação. Além disso, a APA lançou uma campanha para arrecadar fundos para o tratamento do cão, que está internado em uma clínica particular.

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Uma publicação compartilhada por ONG – APA ANJOS DA PROTEÇÃO ANIMAL (@apa_fortaleza)

Nesta sexta-feira, Stefani Rodrigues, fundadora da APA, atualizou o estado de Scooby. A primeira tosa levou cerca de seis horas para ser concluída. Apesar disso, ele ainda apresenta nódulos e bolsas de sangue na pele, exigindo cuidados intensivos. O cão também passará por exames de sangue, eletrocardiograma e tratamento oftalmológico.

“A tosa foi feita com calma, sob supervisão veterinária. No início, nem conseguíamos identificar qual tipo de animal era. O impacto visual foi chocante”, relatou Stefani.

A tutora do animal pode pegar de dois a cinco anos de prisão e segue à disposição da Justiça. Até o momento, sua defesa não foi localizada.

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