Quem são as potiguares medalhistas nas Paralímpiadas de Paris 2024

Há menos de uma semana que os Jogos Paralímpicos de 2024 tiveram início, o Rio Grande do Norte já trouxe duas medalhas para casa. Thalita Simplício e Maria Clara Augusto conquistaram prata e bronze, respectivamente, no atletismo no último sábado (31) de agosto. 

Simplício conquistou a medalha prateada nos 400m T11, para atletas com deficiência visual quase total ou total, e Maria garantiu seu primeiro bronze em uma Paralimpíada nos 400m T47, para atletas com amputação de braço. Ao lado do guia Felipe Veloso, Thalita, que é de Natal, cruzou a linha de chegada em 57s21, ficando atrás apenas de Lahja Ishitile, da Namíbia, que estabeleceu o novo recorde paralímpico da prova com 56s20. Completando o pódio, a medalha de bronze ficou com a chinesa Shanshan He, que fez 58s25.

Já Maria Clara, que aos 20 anos faz sua estreia nos Jogos Paralímpicos, fez também o melhor tempo da sua carreira, com 57s20, garantindo uma medalha de bronze, num pódio com dobradinha brasileira. O bronze da potiguar se juntou ao ouro de Fernanda Yara (56s74) e levou o Brasil a ocupar o primeiro e terceiro lugar no pódio. A prata ficou com a venezuelana Lisbeli Vera Andrade, que fez 56s78.

A transmissão dos Jogos Paraolímpicos acontecem nos canais Sportv 2, Globoplay e GE. O canal do Youtube da Paralympics também realiza a transmissão. Assista aqui. Nas redes sociais e na internet, você pode acompanhar informações em tempo real através do Instagram do Comitê Paralímpico Brasileiro @brasilparalimpico e cpb.org.br. 

Conheça as medalhistas

Thalita Simplício

A medalha conquistada por Thalita é a quarta em uma Paralimpíada. Nos Jogos de Tóquio 2020, a potiguar conquistou duas pratas nos 400m e 200m e no Rio 2016, a medalha prateada veio no revezamento 4x100m. Atleta do atletismo desde dos 15 anos, a esportista, que também é fisioterapeuta, sonha com um ouro olímpico em sua trajetória. 

Simplício nasceu com glaucoma e perdeu totalmente a visão aos 12 anos de idade, mas nada que a impedisse a fazer o que ama: praticar esportes. Realizando de tudo um pouco, Thalita já se aventurou na natação, karatê e até no goallball, esporte baseado nas percepções táteis e auditivas, no qual os atletas arremessam e defendem o gol.

Thalita e seu guia Felipe Veloso em Paris | Foto: Getty Images

Em conversa com a Agência Saiba Mais na série especial dedicada aos paratletas potiguares, Thalita disse que estava ansiosa e animada para participar de mais uma competição. 

“Essa é a minha terceira paralimpíada e estou muito empolgada. Muito feliz por tudo que a gente vai viver nesse último ciclo bem curto de três anos.” comentou. 

A atleta, que já fez balé por 10 anos, atualmente acumula mais de 50 medalhas na modalidade que disputa hoje. Dentre alguns dos seus feitos, estão: Ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial de Kobe 2024; ouro nos 400m e prata nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 400m e bronze nos 100m e 200m no Mundial Paris 2023.

Conheça a história de Thalita aqui

Maria Clara

Maria Clara Augusto tem 20 anos e disputa sua primeira paralimpíada. Natural do município de Senador Elói de Souza, distante 73 km de Natal, a potiguar tem má formação congênita no braço esquerdo e descobriu na paixão por esportes a mudança de sua vida. 

A atleta também participou da série especial de reportagens feita pela Agência Saiba Mais antes de estrear na maior competição paralímpica do mundo. Em entrevista, ela revelou que estava animada, com altas expectativas e com o desejo de levar o RN e o Brasil para o pódio dos campeões. Promessa que cumpriu. 

Maria Clara Augusto durante conquista da medalha | Foto: Marcello Zambrana /CPB

Dentre seus feitos no esporte, Maria foi prata nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze nos 400m no Mundial Paris 2023; ouro nos 100m no Open Internacional de atletismo 2023 e ouro no salto em distância, revezamento e prata nos 200m no Mundial de Jovens de atletismo em Nottwill, na Suíça, em 2019.

Leia a reportagem sobre Maria Clara aqui.

O Brasil atingiu a marca de 400 medalhas nos Jogos Paralímpicos. Com 27 medalhas (8 de ouro, 4 de prata e 15 de bronze) nos 4 primeiros dias de competição, o Brasil é o 4º colocado no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Paris, atrás da China, que tem 30 ouros e 67 medalhas, da Grã-Bretanha, que soma 23 ouros e 43 pódios, e dos Estados Unidos, que têm oito ouros e 26 medalhas (leva vantagem no número de pratas –com 10)

RN em Paris 

No total, o Rio Grande do Norte será representado por 12 atletas nos Jogos Paralímpicos de Paris, que começaram no último dia 28 de agosto e vão até setembro. Além deles, dois atletas-guia, um técnico em halterofilismo, dois médicos e uma enfermeira também compõem a delegação.

Leia também: Jogos Paralímpicos: confira a agenda dos potiguares na competição 

A Agência SAIBA MAIS dedicou uma série especial de reportagens para destacar a trajetória de cada atleta norte-rio-grandense presente em Paris. Você pode conhecer suas histórias:

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