A defesa de Maicol dos Santos, suspeito pelo assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, morta em Cajamar, na Grande São Paulo, disse que o suspeito pode ter sido coagido e irá pedir a anulação da confissão.
A informação foi divulgada nesse domingo (23), pelo Fanstástico, na TV Globo. Maicol está preso desde o dia 8 de março e em imagens obtidas pela reportagem é possível ver o momento que ele confessa que enterrou o corpo de Vitória.
No entanto, ele diz que não sabia como o corpo ficou no estado em que foi encontrado. O depoimento apresenta inconsistências. Quando os agentes localizaram a jovem, o corpo estava sem roupas, com a cabeça raspada e vários ferimentos.
“Quando eu deixei ela enterrada, ela ficou com o cabelo. Até falei isso para o advogado”, disse ele na delegacia.
Segundo Maicol, ele e Vitória tiveram um envolvimento amoroso no ano passado. O suspeito contou que não sabia que Vitória ainda era adolescente, argumentando que a jovem já havia se formado no ensino médio. O autor disse ainda que a vítima teria o ameaçado, dizendo que contaria sobre o caso dos dois para a esposa dele.
Durante o depoimento, Maicol disse que teria limpado o local onde enterrou o corpo de Vitória e teria jogado a faca usada no crime em um rio. O corpo da vítima foi encontrado dias depois, em uma área de mata. No local, a polícia encontrou uma enxada e uma pá, supostamente usadas no crime.
A Polícia Civil encontrou cerca de 50 fotos de pessoas com aparência física semelhante a adolescente Vitória no celular do principal suspeito. Maicol é considerado pelos investigadores como um stalker de Vitória.
Segundo a PC, jovem tinha fotos da adolescente no celular dele, a monitorava há mais de um ano e se dizia “apaixonado por ela”.
Família de Vitória pede reconstituição do crime
Em entrevista nesse domingo (22), Carlos Alberto Souza, o pai de Vitória e seus familiares pedem por justiça e acreditam que Maicol não agiu sozinho durante o crime, além de pedirem a reconstituição do crime.
“Quero saber de todos que estavam com ele. Todos. Eu falo todos porque tenho a certeza… que não é mais um, deve ser mais dois ou mais três… que estejam envolvidos nessa tramolha toda”, disse o pai da adolescente ao Fantástico.
Agora a polícia segue aguardando o resultado dos exames de DNA no sangue e cabelo encontrados no carro e na casa do suspeito do crime.