Parque do Utinga está entre os dez mais visitados do Brasil

O Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém, foi reconhecido como a 8ª Unidade de Conservação (UC) mais visitada do Brasil, de acordo com os dados do “Visitômetro dos Parques do Brasil”, divulgado durante a 9ª edição do evento Parques do Brasil, organizado pelo Instituto Semeia. A programação, realizada em São Paulo (SP), nos últimos dias, reuniu especialistas, gestores ambientais e representantes do setor de turismo para discutir a visitação pública em áreas protegidas e estratégias para sua conservação.Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, o reconhecimento do Parque Estadual do Utinga no ranking de visitação reforça a importância da gestão eficiente das UCs no Pará. “O crescimento da visitação ao Parque Estadual do Utinga é reflexo de um trabalho contínuo de planejamento, investimento em infraestrutura e promoção do ecoturismo. Esse reconhecimento nacional fortalece nosso compromisso em garantir que a unidade siga como referência em conservação e lazer sustentável para a população paraense e os turistas que visitam o estado”, afirmou.Em 2023, o Parque Estadual do Utinga recebeu 451.295 visitantes, superando UCs conhecidas, como o Parque das Dunas (RN) e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA). O destaque do Parque paraense reforça sua importância não apenas para o ecoturismo da região, mas também para a preservação ambiental e a educação ecológica da população. Durante o evento, o gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio, Júlio Meyer, apresentou as principais ações que vêm sendo implementadas para fomentar a visitação e fortalecer a conservação da área.Quer saber mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsappNATUREZA“O Parque Estadual do Utinga já é uma referência em gestão de UC, especialmente no que tange à gestão do uso público. O monitoramento da visitação e a disponibilidade de atividades como tirolesa, rapel, bóia cross, canoagem e trilhas são fundamentais para a valorização da unidade e contribuem fortemente para a educação ambiental e a preservação da natureza”, destacou Meyer.A coordenadora de Conhecimento do Instituto Semeia, Mariana Santos, ressaltou a importância dos dados coletados pelo Visitômetro para a formulação de políticas públicas voltadas à preservação ambiental e ao turismo sustentável. “O levantamento mostrou que a visitação no Parque Estadual do Utinga cresceu significativamente, consolidando-o como uma unidade de conservação de relevância nacional. Os dados são essenciais para embasar decisões estratégicas no setor”, explicou.Uma das principais estratégias apresentadas foi a implementação de trilhas de longo curso, como a Trilha Amazônia Atlântica, que conecta o Parque a outras 12 áreas protegidas, incluindo UCs estaduais, reservas extrativistas marinhas federais e territórios quilombolas. O Ideflor-Bio também destacou outras iniciativas semelhantes, como a Trilha do Ererê e a Trilha Paytuna, no Parque Estadual Monte Alegre, na região oeste, e a Travessia da Serra das Andorinhas, no sudeste, ainda em fase de formatação.O evento também trouxe discussões sobre os desafios e boas práticas na gestão dos parques nacionais e estaduais, além de mesas-redondas com especialistas sobre o futuro da conservação e do turismo ecológico no Brasil.Um dos destaques foi a expectativa em torno da COP30, que será realizada em Belém em 2025 e deve atrair milhares de visitantes do Brasil e do mundo. A conferência global sobre mudanças climáticas poderá impulsionar ainda mais a visibilidade do Parque Estadual do Utinga e consolidar sua posição como um dos principais destinos de ecoturismo do país.
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