A massacrante hegemonia do MDB em Alagoas

O MDB se consolida cada vez mais como o partido de maior representatividade em Alagoas.

Não é demais repetir que sua hegemonia pode ser medida por ter o governador do Estado, ocupar duas das três vagas do Estado no Senado Federal, contar com o presidente da Assembleia Legislativa e maioria absoluta na chamada Casa de Tavares Bastos, possuir como filiados cerca de 90% dos 102 prefeitos e considerável número de vereadores.

Na base dessa estrutura, um partido muito bem organizado a partir da liderança do seu presidente regional, Renan Calheiros, que em 2026 vai tentar seu quinto mandato seguido de senador, depois de ter sido deputado estadual, deputado federal, três vezes presidente do Senado, Ministro da Justiça e secretário estadual da Educação.

Uma liderança surgida no movimento estudantil, a partir de quando presidiu o DCE da Universidade Federal de Alagoas e fez valer, na época, um forte sentimento de oposição.

O partido começou a mudar ideologicamente – tanto quanto o próprio Renan – quando em 1986, na fase em que se denominava PMDB, abriu-se para a filiação de um dos seus principais algozes, o ex-prefeito e então deputado federal Fernando Collor de Melo, permitindo ao novato filiado romper com o grupo liderado por Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira e se eleger governador, trampolim que o levou à Presidência da República.

De lá para cá o MDB tem se posicionado como de centro-direita, tanto quanto Renan.

Este ano de 2025 se iniciou com o partido ampliando ainda mais as suas bases, a partir da conquista de cinco prefeitos que haviam sido eleitos pelo PP – justamente a legenda presidida pelo deputado federal Arthur Lira, um dos adversários mais fortes no Estado.

Ninguém sabe qual é o limite dessa sanha arrebatadora do MDB na ocupação de espaços políticos em Alagoas.

Sabe-se, apenas, que essa postura tem dois objetivos prioritários, pela ordem de importância: possibilitar um quinto mandato consecutivo no Senado para Renan Calheiros e demonstrar, em nível nacional, a força do partido no Estado, cacifando-o para voos mais altos – como, por exemplo, a inclusão do senador Renan Calheiros Filho numa chapa à Presidência da República, no próximo ano.

O futuro (2026) está chegando…

 

 

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