Pão francês: da padaria à mesa, um clássico irresistível

Legenda: Do forno à mesa, o pão francês conquista gerações com seu sabor único. Crédito: Pixabay / Ruitter

Legenda: Do forno à mesa, o pão francês conquista gerações com seu sabor único. Crédito: Pixabay / Ruitter

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O cheirinho de pão francês saindo do forno desperta o apetite. É irresistível comê-lo quente, seja com margarina, manteiga, ovo, doce de leite, geleia, requeijão ou qualquer outro acompanhamento. Presente em boa parte dos lares brasileiros, sua casca dourada e seu miolo macio compõem a refeição do café da manhã, de lanches e até do jantar. Para comemorar este alimento tão apreciado, ele tem um dia para chamar de seu: em 21 de março é celebrado o Dia Nacional do Pão Francês.

Mesmo que leve o título de ‘francês’, ele não possui esta nacionalidade. É a versão brasileira do baguete da França, do qual os nobres brasileiros pediram para que padeiros daqui recriassem a receita em terra nacional, no início do século 20. Adaptou-se então o formato e os ingredientes, e o pão caiu no gosto popular.

Além de fazer parte da cultura e da mesa dos brasileiros, o pão francês também tem grande importância econômica. Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), seu consumo no país chega a 2,3 milhões de toneladas ao ano, representando 34,39% dos alimentos produzidos em uma padaria e, em média, 8,8% do seu faturamento.

NUTRIÇÃO- Apesar deste alimento já ter recebido o título de vilão das dietas, a nutricionista Thainara Gottardi orienta sobre a necessidade do equilíbrio alimentar ao inseri-lo na rotina, para tornar a refeição completa. “Ele é basicamente uma fonte de carboidrato de rápida absorção, com pouca gordura e proteína. Por isso, é interessante combiná-lo com alimentos mais nutritivos para equilibrar a refeição”, salienta.

A nutricionista também recomenda que “o pão francês pode ser uma ótima fonte de energia rápida quando utilizado estrategicamente. No pré-treino, por exemplo, combiná-lo com mel ou geleia de frutas sem açúcar, cerca de 30 minutos antes da atividade, pode contribuir para o rendimento e a performance. Ele também pode ser incluído em lanches intermediários ou no café da manhã, sempre associado a uma fonte de proteína, como ovos mexidos, frango desfiado ou queijo minas, garantindo maior saciedade”.

Seu consumo diário indicado é individual e varia conforme o objetivo, a composição corporal, o gasto calórico diário e patologias. Gottardi indica que “o ideal é que a alimentação seja variada ao longo do dia, garantindo a ingestão de diferentes nutrientes”. Já, ao utilizá-lo em refeições principais, sua recomendação é “combiná-lo com vegetais, como alface, tomate e cebola, aumentando fibras e nutrientes, junto a proteínas como carne moída, atum ou frango. Dessa forma, ele pode auxiliar especialmente quem está em um processo de reeducação alimentar”, alerta.

PRODUÇÃO- Para que possa estar presente na primeira refeição do dia, a panificadora em que Amanda Oliveira é gerente geral, inicia sua produção no dia anterior. A empresa comercializa, em média, 100 mil unidades por mês. “Ele precisa passar pelo processo do crescimento e estar no ponto certo para que no outro dia, às 3 horas, o pessoal comece a assá-lo. Temos clientes fixos todos os dias. A nossa panificadora começa os atendimentos às 5h30, e nesse horário já tem pão fresquinho na área da venda”, ressalta.

Muito além da combinação entre farinha, água, fermento de alta qualidade e um ‘segredo especial’, o amor no preparo dá um toque único para conquistar a clientela de Amanda. “Esse processo demanda dedicação e paciência. O cuidado já começa na produção da massa, com a pesagem dos produtos, até chegar ao ponto certo para que possa ir para a modelação. Também tem o tempo de espera do crescimento e a temperatura certa do forno, que, na hora de assar, faz toda a diferença. Tudo isso para que ele seja macio, crocante e saboroso, agradando ao paladar de todos”, salienta a gerente.

De norte a sul, o pão francês pode mudar de nome, mas seu encanto continua o mesmo. Seja ‘pão de sal’, ‘cacetinho’ ou ‘pão careca’, ele ultrapassa gerações e regiões, sendo mais que um simples alimento. É um pedaço da história, um símbolo do café da manhã nacional e um elo entre tradição, afeto e o aroma inconfundível que anuncia o começo de um novo dia.

Da Redação

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