Alep vota lei que reconhece Nossa Senhora do Rocio como padroeira do Paraná após 48 anos de canonização do Vaticano

Após 48 anos de canonização feita pelo Vaticano, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) votará na semana que vem a lei que reconhece Nossa Senhora do Rocio como padroeira do estado e instaura, no calendário oficial de eventos, feriado estadual em louvor à mãe do Paraná.

O pedido para que seja feriado estadual foi feito na segunda-feira, 17, pela equipe da Adetur Rotas do Pinhão, que conta com o apoio da Prefeitura de Paranaguá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico.

Os representantes da Adetur, assim como os funcionários Luis Fernando da Silva e Henrique Araújo, da Secretaria de Cultura de Paranaguá, estiveram na Alep para as tratativas da instauração do feriado estadual da mãe de Jesus, como padroeira do estado.

A devoção à Nossa Senhora do Rocio é antiga, com início no século XVII, logo após a elevação do pelourinho em Paranaguá, em 1648. Em 1686, os habitantes da então Vila às margens do rio que circunda a cidade foram assolados por uma peste e a população recorreu aos favores de Maria Mãe de Jesus, invocada em preces nesse título, para livrá-los dessa terrível doença e, desde então, Nossa Senhora do Rocio vem sendo o socorro das aflições dos devotos cristãos paranaenses.

  • Prefeitura de Paranaguá instaura programa de Jornada de Fé com a Mãe do Rocio

O bairro do Rocio era o perímetro das vilas onde terminava a povoação. Vale lembrar que a imagem da Virgem do Rocio foi encontrada numa pesca milagrosa, nas redes do Pai Berê, no século XVII, na baía de Paranaguá. A primeira igreja foi construída em 1813 e o santuário foi erguido em 1920.

Graças alcançadas

Devido aos muitos milagres e graças alcançadas por intercessão da Nossa Senhora do Rocio, a devoção se espalhou entre o povo paranaense e de diversos lugares. As multidões faziam romarias ao santuário da Virgem do Rocio. Assim, em 1977 o Papa Paulo VI declarou para a eternidade a Nossa Senhora do Rocio como padroeira do Paraná.

O fim da peste se deu em 1686 após o milagre da Virgem do Rocio. A devoção cresceu ao longo dos séculos em inúmeras ocasiões em que a santa do Rocio atendeu aos seus devotos com curas individuais e coletivas, como nos casos da peste bubônica em 1901 e da gripe espanhola em 1918.

De acordo com os padres redentoristas, há ainda inúmeros registros do socorro da Virgem do Rocio prestados aos marinheiros em violentas tempestades e tragédias no mar, que se tornaram seus devotos e a homenagearam com procissões e comoventes romarias pelas ruas da cidade, rumo ao Santuário. É o caso do navio “Raul Soares” no dia 26 de junho de 1931, do navio “Philadélphia” em julho de 1931 e do navio “Maria M”, no dia 8 de agosto de 1932.

Além desses, muitos outros milagres ocorreram em cidades do Paraná sob sua intercessão, razão pela qual em 1939, Nossa Senhora do Rocio foi declarada padroeira do Paraná pelos bispos do estado e, finalmente, após anos de esforço civil e eclesiástico, a Santa Sé a declarou em 1977, padroeira do Paraná, indicando a Igreja do Rocio em Paranaguá como seu santuário estadual.

“O título de Rocio, que na linguagem antiga significa orvalho, simboliza as constantes e ininterruptas bênçãos e favores que o povo paranaense recebe continuamente da Virgem Mãe, mediadora de todas as graças concedidas a seus amados filhos, que por gerações e gerações veneram sua santa padroeira às margens da baía de Paranaguá, sob o título de Senhora do Rocio”, explica o Padre Redentorista Dirson Ferreira Gonçalves.

Texto: SECOM/ Prefeitura de Paranaguá

Adicionar aos favoritos o Link permanente.