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O universo lúdico passa a ser imensamente explorado quando um contador de histórias veste suas mais diversas ‘armaduras’ e mergulha de ‘corpo, alma e coração’ em cada trecho da narrativa. Eles são criativos. Eles sabem como envolver o público. Eles deixam ainda mais interessante cada história contada. Na data de 20 de março é celebrado o Dia Nacional do Contador de Histórias.
A prática não é uma novidade: os contadores de histórias existem há séculos. Os conhecimentos, as tradições, os idiomas, eram repassadas oralmente e assim a humanidade foi evoluindo com a arte de contar histórias. Os contadores de histórias mantinham viva a cultura de regiões e famílias.
“Durante séculos, a arte de contar histórias foi cultivada por diversas comunidades ao redor do mundo e ainda hoje nos fascinam. Contar histórias é uma atividade que ocupa a imaginação humana”, afirma a bibliotecária e contadora de histórias Viviane Tochetto Minali.
Para Viviane, com o trabalho de bibliotecária se sente com o dever de estimular a leitura. Ela destaca que toda ação com incentivo à leitura extrapola o conceito de brincadeira e passa implicar em liberdade de expressão física e emocional, abrindo caminho para novas descobertas.
UNIVERSO LÚDICO – “O lúdico somado a leitura representa o imaginário e a fantasia que quando exercido com criatividade impulsionam o leitor ou ouvinte para realidade, ao usar o ‘faz de conta’ o prazer da descoberta que, por objetivo, gera a aproximação da criança e do livro, estimulando assim o gosto pela leitura. Eu gosto de contar histórias que possam divertir e emocionar o público, aquelas que mexem com imaginário das crianças. Adoro contar de forma lúdica. Contar história de forma lúdica e criativa é um diferencial valioso!”, destaca.
Viviane salienta que contadores de histórias geralmente usam a voz, a expressão facial e os gestos para envolver o público e criar uma atmosfera de suspense ou emoção. Eles também podem usar acessórios, como instrumentos musicais, fantoches ou bonecos, para dar vida às histórias. Ela também acrescenta que é importante saber a faixa etária dos ouvintes.
VOCAÇÃO PARA CONTAR HISTÓRIAS – A contadora de histórias lembra que em seu primeiro dia de trabalho – como bibliotecária em um colégio – teve a missão de contar uma história. Ela recorda que foi um desafio, pois só contava história para as filhas dormirem e não sabia como fazer isso para um público maior, de forma lúdica e que atraísse o interesse de quem estivesse ouvindo.
Para Viviane, missão dada é missão cumprida e, com isso, ela passou a buscar conhecimento sobre o assunto. Na ocasião, ela iniciou inúmeros cursos online de contação de história. Nesse processo de aprendizado, ela percebeu que ouvir e contar histórias não é só entretenimento, é uma forma de aprender, refletir e se encantar.
“No momento em que iniciei meu trabalho na biblioteca escolar, não tinha habilidades e desconhecia a vocação de contadora de história, mas ali estava moldando a mim mesma, o meu ambiente e criando a minha própria realidade. Tive muito apoio e sou grata a Roseli Gubiani que me incentivou e ajudou desempenhar habilidades necessárias para realizar projetos educacionais voltados a literatura e contação de histórias”, agradece.
CONEXÃO: REAL & IMAGINÁRIO – Segundo a contadora, as histórias apresentam vínculos e indicadores efetivos para situações desafiadoras, assim como, fortalecem vínculos sociais educativos e afetivos. “Exercer o meu papel de bibliotecária em disseminar a literatura na formação do leitor e a contação de histórias no processo de ensino/aprendizagem é algo prazeroso”, destaca ao citar que contar histórias é uma forma que encontrou de ver o público (os alunos) conectado com as histórias e encarando os livros como fonte de prazer.
“É prazeroso ser uma contadora de histórias, ser um estimulador do imaginário e contribuir com o processo criativo humano para que não se perca os ‘fios da memória’. É sobre afeto. É sobre crianças e sobre quem um dia fomos. Contar histórias é fazer memória”, conclui ao desejar parabéns a todos contadores que encantam públicos com suas histórias.
Da Redação
TOLEDO
O post Dia do Contador de Histórias: o dom em conectar real e imaginário de forma lúdica apareceu primeiro em Jornal do Oeste.