PF mira tráfico de fuzis dos EUA para o Rio; alvo reage a tiros

O tráfico internacional de armas, um dos pilares do crime organizado no Brasil, volta ao centro das atenções com a nova ofensiva da Polícia Federal. Nesta quinta-feira (20), agentes da PF deflagraram a Operação Cash Courier para desarticular um esquema que teria enviado pelo menos 2 mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro. O armamento, de uso restrito, tinha como destino favelas controladas pela facção criminosa Comando Vermelho (CV).Como parte da operação, os policiais federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em endereços na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, ambos na Zona Oeste carioca. Em um dos alvos, um suspeito reagiu à abordagem e disparou contra os agentes, mas ninguém ficou ferido. O homem foi preso em flagrante por tentativa de homicídio.CONTEÚDO RELACIONADOGoverno reconhece Vladmir Herzog como anistiado políticoPastor é condenado por abuso sexual e extorsão de fiéisAssassino de Vitória tinha fotos com facas, punhal e arma no celular; veja!A ofensiva também incluiu o bloqueio e sequestro de bens e ativos no valor de R$ 50 milhões, conforme determinação da Justiça. A PF apura o uso de pessoas físicas e empresas para adquirir imóveis e lavar dinheiro proveniente do comércio ilegal de armamentos.Quer mais notícias nacionais? Acesse o canal do DOL no WhastApp.A investigação teve início em 2017, quando 60 fuzis foram apreendidos no Aeroporto do Galeão. Na época, armamentos como os modelos AK-47 e AR-10, utilizados por tropas de elite, foram interceptados antes de chegarem ao crime organizado.”SENHOR DAS ARMAS”O envio das armas foi atribuído a Frederick Barbieri, conhecido como o “Senhor das Armas”, que cumpre pena nos Estados Unidos por tráfico internacional. Agora, as autoridades identificaram novas movimentações financeiras ligadas ao esquema comandado por Barbieri.Os investigados poderão responder por tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva. A operação conta com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
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