RLAM: governo perde R$ 500 milhões por mês com privatização, diz FUP

Controlada pelo Fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, a antiga Refinaria Landulpho Alves – RLAM tem causado prejuízo aos cofres baianos. Essa é a opinião do coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, durante entrevista à Rádio Nordeste FM nesta quinta-feira, 20.Segundo ele, o governo da Bahia perde mais de R$500 milhões por mês em virtude da privatização. Segundo Bacelar, o impacto é intenso para o governo do estado, pois a refinaria está operando com menos de 70% de sua capacidade e a queda de produção acarreta redução na arrecadação de ICMS.“A RLAM sempre representou entre 25 e 30% da arrecadação de ICMS do estado. O povo baiano perde R$ 500 milhões por mês devido à sub utilização da refinaria. Tá mais do que na hora de termos a RLAM novamente sob o controle do estado”, defendeu o sindicalista.

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Ele recorda que a Refinaria foi vendida por menos da metade do seu valor de mercado, em 2021, pelo governo Bolsonaro, o que já foi confirmado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), que avaliou o preço da refinaria entre US$3 bilhões e US$4 bilhões. Na ocasião, o Fundo Mubadala venceu a disputa pagando apenas US$1,65 bilhão.“A privatização da refinaria foi ruim não somente para a população baiana, trabalhadores e trabalhadoras, mas também para a Petrobras, que perdeu todo esse mercado consumidor, um dos maiores do Brasil. A RLAM era a segunda maior refinaria da Petrobras”, destaca Bacelar.“Estamos na luta para que essa refinaria volte a ser um patrimônio do estado brasileiro. As conversas entre o Fundo Mubadala e a Petrobras estão avançadas para que a negociação seja concluída. Foram feitas diligências por técnicos da Petrobras que inclusive trabalharam na refinaria antes de ser privatizada”, informa Bacelar. “Já foi definido um novo valor de compra, mas a informação é sigilosa. Entendemos que falta a Petrobras e o Fundo Mubadala chegarem a consenso com relação ao valor”.

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