Golpe de mais de R$ 10 milhões em empréstimos consignados da Caixa é alvo de operação policial


Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte (MG) e três, em Salvador (BA). Ao todo, 21 pessoas são investigadas por suspeita de participação em uma organização criminosa. PF combate fraude bancária contra a Caixa Econômica Federal com prejuízo superior a R$ 10 milhões
Divulgação/PF
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (19), uma operação para combater um esquema de fraude bancária contra a Caixa Econômica Federal. Segundo as investigações, o golpe causou mais de R$ 10 milhões de prejuízo aos cofres públicos.
Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte (MG) e três, em Salvador (BA). Ao todo, 21 pessoas são investigadas por suspeita de participação em uma organização criminosa.
De acordo com a PF, o grupo se apropriava indevidamente das credenciais de gerentes da Caixa para acessar sistemas eletrônicos da instituição e cancelar, de forma ilegal, a averbação de empréstimos consignados contratados por servidores públicos.
Os criminosos, então, utilizavam uma estratégia de “portabilidade” para oferecer às vítimas a promessa de quitação de empréstimos antigos e liberação de valores adicionais.
Após a contratação de novos empréstimos, os contratos eram falsamente registrados como quitados, o que permitia a concessão de margens para mais financiamentos.
Como resultado, os servidores acabavam acumulando duas dívidas simultâneas, comprometendo ainda mais a própria saúde financeira.
Conforme a instituição, os crimes praticados pelos investigados incluem:
Estelionato: mais de 200 servidores públicos estaduais e municipais foram vítimas da fraude, enganados quanto à quitação de seus empréstimos e transferindo altas quantias de dinheiro para os criminosos.
Invasão de dispositivo informático: acesso ilegal às contas de gerentes do banco, com a obtenção indevida de suas senhas para manipulação dos sistemas de consignação.
Estelionato contra a Caixa Econômica Federal: uso indevido das credenciais dos gerentes para inserir informações falsas no sistema e realizar a desaverbação ilegal de centenas de contratos.
Organização criminosa: a estrutura criminosa contava com divisão de tarefas e uma operação sistemática para obter lucros ilícitos.
Caso sejam condenados, os envolvidos poderão cumprir penas de até 26 anos de prisão por cada contrato fraudado.
“A PF reforça a importância de se tomar precauções ao contratar empréstimos. A população deve sempre recorrer a instituições financeiras regulamentadas e evitar intermediários desconhecidos. Antes de firmar qualquer contrato, é fundamental que o cidadão verifique diretamente com seu banco de origem a legitimidade da operação, garantindo que não esteja sendo enganado. Desconfie de ofertas que prometem quitação de dívidas e liberação imediata de valores sem comprovação documental ou bancária”, destacou a instituição.
Golpe do empréstimo consignado: principal alvo são os aposentados
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