Estudante do IFRN privada de liberdade propõe alternativas para desperdício de comida

Uma estudante privada de liberdade no complexo penal estadual Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, concluiu o curso superior de tecnologia em Gestão Ambiental do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) defendendo, no trabalho final, alternativas para a redução do desperdício de alimentos e estratégias sustentáveis de reaproveitamento dos resíduos através da produção de compostagem.

Os caminhos apontados pela estudante podem gerar adubo orgânico para uso no presídio agrícola.

O TCC recebeu como título “Geração e Gestão de Resíduos Sólidos Orgânicos em uma Unidade Prisional do Estado do Rio Grande do Norte” e foi aprovado com nota de 9,5 pela banca formada pela professora e gestora ambiental Andrea Cristiane de Melo (orientadora do trabalho) e pelos professores avaliadores  Wyllys Abel Farkatt Tabosa e Francisco Augusto Cruz de Araújo.

O estudo da aluna se dedicou a um levantamento minucioso da produção de alimentos desperdiçados em uma unidade prisional feminina ao longo de 40 dias.

A estudante faz parte de um grupo de 30 alunos do IFRN que, mesmo privados de liberdade, seguem estudando no ensino superior na modalidade a distância, graças ao fomento da Universidade Aberta do Brasil.

Esse programa é resultado de uma cooperação com a secretaria de Estado de Administração Penitenciária e recebe apoio das Varas Regionais da Execução Penal do Rio Grande do Norte, destacando-se como uma iniciativa que busca a ressocialização e reintegração dos apenados por meio da educação.

Quem é a estudante

A legislação brasileira proíbe que instituições de ensino divulguem informações pessoais como nome, o crime e a pena de alunos. A Agência SAIBA MAIS apurou, no entanto, que a estudante é natural de Mossoró, tem 27 anos de idade e iniciou a faculdade dentro da prisão.

As aulas do curso serão utilizadas para a remição da sua pena. Ela ainda tem alguns anos a cumprir em razão do crime cometido e investe boa parte do tempo na prisão estudando e dando aulas às demais presas.

Como a aluna é uma apenada que tem uma escolaridade alta, atua como alfabetizadora e apoio a projetos na área da educação, justiça e meio ambiente.

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