Curta baiano ‘Masculinidade Plástica’ tem data de exibição em Salvador

O cinema baiano ganha um marco inédito com “Masculinidade Plástica”, primeiro curta-metragem a representar corpos transmasculinos e não binários como divindades, protagonistas de suas próprias histórias que tem data de pré-estreia exclusiva marcada para a próxima sexta-feira, 21, no Goethe-Institut, em Salvador.Produzido no extremo sul da Bahia, em Teixeira de Freitas, o curta propõe desafiar os estereótipos frequentemente associados às vivências trans no audiovisual, além de romper com narrativas de sofrimento ao colocar essas masculinidades em um lugar de força, ancestralidade e protagonismo.O curta ainda mescla ficção e documentário na tentativa de investigar a questão, “Afinal, quais são as masculinidades que me formaram?”.

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A trama acompanha um personagem que, ao perceber que sua identidade é constantemente questionada, inicia uma jornada de autodescoberta, ao cruzar diferentes perspectivas sobre o que significa ser um homem trans ou uma pessoa não binária em uma sociedade que impõe rígidos padrões de gênero.Além de sua relevância temática, o curta “Masculinidade Plástica” também se destaca por sua equipe e elenco. O filme é protagonizado exclusivamente por pessoas transmasculinas e não binárias, algo inédito no audiovisual nacional. Nos bastidores, a equipe técnica é majoritariamente trans, para de acordo com diretor e produtor Dominic Arievilo, garantir que as próprias pessoas retratadas tenham controle sobre a forma como suas histórias são contadas.Com pré-lançamento exclusivo em Salvador, na sexta-feira, 21, no Goethe-Institut. Além da exibição do curta-metragem, o evento contará com uma roda de conversa sobre transmasculinidades, com a participação especial do grupo Capoeira para Todes e um set performance com a DJ LUNNA MONTTY.Embora ainda não tenha uma data de estreia oficial, “Masculinidade Plástica” seguirá um circuito de festivais, buscando ampliar sua visibilidade e reconhecimento dentro do cinema brasileiro e internacional.“Masculinidade Plástica é um marco para o cinema transmasculino e não binário, e queremos que ele tenha o alcance que merece. Nosso objetivo é levar o filme para festivais, ampliando o debate sobre representatividade e fortalecendo narrativas trans no audiovisual. Por isso, as exibições até o momento são exclusivas, permitindo que a obra tenha maior visibilidade antes de uma estreia oficial.” — Dominic Arievilo, diretor e produtor de “Masculinidade Plástica”.O curta foi produzido pelo PotransBA (Portfólio de Trans Baianos) com apoio e financiamento da Lei Paulo Gustavo, executada pelo Ministério da Cultura.

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