Caso Vitória: suspeito confessa assassinato e afirma ter agido sozinho

Em um novo depoimento, Maicol Antônio Sales, atualmente preso, confessou ser o responsável pelo assassinato de Vitória Regina de Souza, uma jovem de 17 anos. O crime envolveu o sequestro e a morte da adolescente e aconteceu em Cajamar, na Grande São Paulo.

Durante uma perícia no celular de Maicol, a polícia encontrou imagens de uma arma de fogo e uma faca, o que levanta mais questões sobre a natureza do crime. As autoridades também revelaram que o dispositivo do acusado contém diversas fotos de Vitória, sugerindo que ele tenha mantido um comportamento obsessivo em relação à vítima. O uso do software israelense Cellebrite ajudou a identificar essas imagens, incluindo acessos ao perfil de Vitória no Instagram, que ocorreram após o seu desaparecimento, no dia 27 de fevereiro. A polícia acredita que Maicol possuía uma fixação pela jovem, um comportamento típico de stalking.

Além das fotos de Vitória, a perícia também encontrou registros de outras garotas com características físicas semelhantes, o que pode indicar um padrão no comportamento do suspeito. Conversas entre Maicol e o ex-namorado de Vitória sobre o automóvel relacionado ao crime estão sendo analisadas, o que levanta a possibilidade de uma conexão entre eles.

Os advogados de Maicol, por sua vez, negam seu envolvimento no crime, afirmando que irão provar sua inocência ao longo da investigação e do processo judicial.

Prazo para Conclusão das Investigações

A Polícia Civil tem como meta concluir o inquérito até o dia 13 de abril, data que marcará o aniversário de 18 anos de Vitória Regina. A finalização depende de laudos periciais pendentes, incluindo o da necropsia, que trará informações cruciais sobre a causa da morte e as lesões sofridas pela vítima. Além disso, a comparação do DNA de Vitória com amostras de sangue de um dos suspeitos também deve ser concluída até o início da próxima semana. No entanto, a decomposição avançada do corpo tem dificultado esse processo.

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Fotos recuperadas do celular do Maicol – Foto: Reprodução

O Caso de Vitória Regina

O caso teve início no dia 26 de fevereiro, quando Vitória, após um dia de trabalho em um shopping de Cajamar, pegou o ônibus para voltar para casa. Durante o trajeto, ela enviou mensagens a uma amiga, demonstrando receio por estar sendo seguida por dois homens. Testemunhas relataram a presença de um carro com quatro homens que, supostamente, a seguiam depois que ela desceu do ônibus.

Após o desaparecimento, familiares e a comunidade se uniram em uma intensa busca pela jovem. Agentes da polícia, com o auxílio de cães farejadores e drones, procuraram por Vitória em toda a região, até que, em 5 de março, seu corpo foi encontrado em uma área de mata em Cajamar. O corpo apresentava sinais claros de violência e estava em avançado estado de decomposição. Um policial que esteve no local das buscas relatou que a vítima havia sido extremamente agredida, com a cabeça raspada e sem roupas.

A Delegacia de Polícia de Cajamar está à frente das investigações e já ouviu mais de 18 pessoas, além de ter apreendido dois veículos para perícia. O corpo de Vitória foi velado e enterrado com grande comoção por familiares, amigos e moradores da cidade, que pediram justiça para a jovem em seu funeral.

Com informações da CNN*

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