Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por A TARDE (@atardeoficial)“Tudo parece fácil e concatenado quando ganhamos; tudo parece disperso e difícil quando perdemos. No entanto, é por tão pouco que se ganha ou se perde. O apito final estabiliza violentamente aquilo que, no transcorrer do jogo, parece um rio catastrófico de mil possibilidades, a nos arrastar com ele”. (Nuno Ramos, artista plástico).Analistas costumam procurar uma única explicação sobre tudo que acontece no jogo. As muitas contusões musculares que tem acontecido no futebol brasileiro são, principalmente, por causa do excesso de jogos. Mas não é só isso. O futebol intenso, moderno, em que os jogadores não param de correr e ultrapassam os limites físicos, contribui também para os problemas musculares.Dou grande importância que à ciência, à técnica, à estratégia e à arte de se jogar futebol sem ignorar o acaso. Com o passar do tempo, ficamos mais receosos, mais vulneráveis às armadilhas e surpresas do imponderável.Com frequência, não há sincronia entre o resultado e a história de um jogo. Dezenas de imprevistos mudam as atuações e o placar. Depois da partida, tentamos explicar com detalhes técnicos e táticos o que não tem explicação.No meio de semana, pela Copa do Brasil, tivemos quatro jogos equilibrados, com vitórias de dois mandantes e dois visitantes, com todas as partidas decididas nos detalhes. As estratégias usadas pelo Flamengo e Atlético-MG, foram corretas, cientificas, e funcionaram bem, por jogarem fora de casa, priorizando a marcação mais recuada e os contra-ataques.
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por A TARDE (@atardeoficial)O jogo é sempre planejado, ensaiado. Mas quando ele começa a ficar previsível, repetitivo, surge, ainda bem, com frequência o acaso, um craque, um artista para transgredir e reinventa-lo.