Medicina confiável

Para os médicos criteriosos, conhecedores da moralidade e de práticas virtuosas, em nada vai impactar a nova determinação do Conselho Federal de Medicina, com base em um valor dos mais preciosos: a transparência.A partir de março de 2025, todos os seguidores da arte de Asclépio terão necessariamente de divulgar se têm algum tipo de vínculo com empresas da área de saúde, incluindo as indústrias farmacêuticas e seus distribuidores de medicamentos.A clássica cena do visitante portando uma pasta, muito bem vestido, em paletós engomados, à vista dos pacientes à espera de consulta, poderá continuar a ocorrer, no entanto, agora os acordos em consultórios terão de ser revelados.Aventar a possibilidade de algum tipo de suspeição seria leviano e desproposital, por quem quer que seja, servindo a recente diretriz, portanto, para ilibar com mais intensidade a imagem do profissional de jaleco, já consistente em confiabilidade.As parcerias, possivelmente necessárias para a lida diária de salvar vidas e reduzir dores, poderão até ganhar incentivo, graças às informações compartilhadas sobre palestras pagas, pesquisas, viagens e todos os serviços prestados.Toda esta coleção de dados estará disponível em endereço na internet, bastando uma análise qualitativa para verificar se há conflito de interesses ou benefício para algum hábil negociante do lucrativo setor.Aos pacientes desconfiados, em processo de desenvolvimento de sintomas, a medida deverá servir como uma espécie de tranquilizante, pois há quem possa formar crença em um privilégio indevido por este ou aquele remédio.As regras foram aprovadas na Resolução nº 2.386/2024, conforme plenária realizada no dia 21 de agosto, em contribuição inédita e inestimável para o incentivo à moralidade nas práticas médicas no Brasil.Os vínculos a serem declarados incluem farmácias, laboratórios e equipamentos, criando-se espaço digital específico para esta finalidade, produzindo desta forma um padrão de relacionamento confiável.
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