Trump diz que conversará com Putin e sugere divisão da Ucrânia

A Guerra entre Ucrânia e Rússia pode tomar novos rumos ainda esta semana, após mediação dos Estados Unidos.O presidente Estadunidense, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (17) que conversará amanhã com o presidente russo, Vladimir Putin, e sugeriu que os dois países estão discutindo a divisão de territórios da Ucrânia. A declaração foi feita durante entrevista concedida a bordo do avião presidencial.”Falaremos sobre territórios. Muitos territórios estão muito diferentes do que eram antes da guerra”, afirmou Trump. “Já discutimos muito sobre isso, por ambos os lados, Ucrânia e Rússia (…) A divisão de certos ativos”.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Ucrânia aceita cessar-fogo e EUA dizem que palavra final é da RússiaEUA suspendem compartilhamento de inteligência com a UcrâniaA conversa entre os líderes foi confirmada pelo governo russo e ocorre em meio às exigências de Putin para aceitar um cessar-fogo de 30 dias, proposto na semana passada pelos governos americano e ucraniano. Atualmente, entre 10% e 20% do território ucraniano está sob controle das forças russas, segundo estimativas de observadores internacionais.Governo Trump descumpre ordem judicial sobre deportaçãoO governo de Donald Trump desconsiderou uma ordem de um juiz federal que determinava a suspensão da deportação de 261 imigrantes com base na Lei de Inimigos Externos, uma norma de 1798 que historicamente foi aplicada apenas em tempos de guerra.A medida, assinada pelo presidente na última sexta-feira (15), foi mantida em sigilo até vazar no sábado (16). Na mesma noite, o juiz James E. Boasberg, de Washington D.C., determinou a suspensão imediata da deportação e o retorno de qualquer avião que estivesse em trajetória de remoção de imigrantes.Entretanto, um avião da Força Aérea dos EUA já havia pousado em El Salvador, onde os deportados foram detidos em um acordo entre os dois países. De acordo com fontes da Casa Branca citadas pelo site Axios, os deportados eram, em sua maioria, venezuelanos e salvadorenhos acusados de envolvimento com grupos criminosos.A Casa Branca defendeu a medida, argumentando que juízes federais não têm autoridade sobre “assuntos externos” ou sobre a remoção de “inimigos externos”.Rússia retoma controle de Kursk em revés para a UcrâniaAs forças russas retomaram quase todo o território da região de Kursk, que estava sob ocupação ucraniana desde agosto. As tropas do presidente Volodymyr Zelensky, que controlavam cerca de 500 quilômetros quadrados, estão agora restritas a uma estreita faixa de terra na fronteira entre os dois países.A operação russa envolveu aproximadamente 70 mil soldados, incluindo 12 mil combatentes enviados pela Coreia do Norte. O maior revés ucraniano ocorreu com a perda da cidade estratégica de Sudzha na semana passada.A derrota enfraquece a posição de Zelensky em possíveis negociações de paz com Putin, ao mesmo tempo em que Trump pressiona ambas as nações para um acordo.EUA intensificam ataques no Iêmem; 54 mortosA ofensiva dos Estados Unidos contra a capital iemenita, Sanaa, deixou 54 mortos desde o sábado (16), segundo informações do Ministério da Saúde dos houthis, grupo que controla grande parte do Iêmem.Entre as vítimas, cinco eram crianças. O governo americano afirmou que os ataques tinham como alvo “vários líderes houthis”, que foram “eliminados”, de acordo com o conselheiro de Segurança Nacional Michael Waltz. O governo também teria alertado o Irã para interromper o apoio aos houthis.Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsAppEm resposta, o grupo iemenita afirmou ter lançado mísseis e drones contra um porta-aviões americano na região. Não há informações sobre possíveis danos ou vítimas.Os houthis intensificaram ataques contra embarcações no Mar Vermelho desde o início do conflito na Faixa de Gaza, alvejando navios militares e comerciais de diversas nações.Cessar-fogo em Gaza é violado; 15 mortos em ataques israelensesPelo menos 15 pessoas morreram na Faixa de Gaza durante o fim de semana, apesar do cessar-fogo vigente desde 19 de janeiro. Trata-se do maior número de vítimas fatais desde o início da trégua.Entre os mortos estão oito colaboradores da Al Khair Foundation, uma organização humanitária britânica. Eles estavam entre as nove vítimas de um ataque aéreo em Beit Lahiya, no norte de Gaza. Outras quatro pessoas morreram em ofensivas separadas, enquanto dois homens foram assassinados no domingo.O governo israelense assumiu responsabilidade por quase todas as ações, mas não confirmou o número de vítimas. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os alvos eram combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica.
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