Paulinho Freire descarta emergência e anuncia ida a Brasília para buscar recursos para obras de drenagem

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), afirmou nesta segunda-feira 17 que não decretará situação de emergência devido às chuvas que afetam a capital potiguar desde a semana passada, apesar dos mais de 200 mm registrados no fim de semana. Ele destacou que a cidade segue monitorando a situação e que, até o momento, não há levantamento completo dos danos, mas existem 5 famílias desalojadas, que estão sendo abrigadas por familiares.

Freire planeja viajar a Brasília ainda nesta segunda-feira para buscar recursos para obras de drenagem e melhorias nas lagoas de captação. Ele explicou que o transbordamento de cinco lagoas, embora tenha causado transtornos, foi menor do que em ocasiões anteriores, graças ao trabalho preventivo iniciado no início de sua gestão. A cidade possui 82 lagoas de captação e, segundo o prefeito, o transbordamento foi mais controlado, mesmo com a chuva superior à média histórica para março, que é de 152 mm.

“Todo ano, transbordava mais de 14 lagoas. Nós tivemos transbordamento em cinco lagoas e transbordamentos muito menores, com número de chuva maior. Tudo isso (trabalho preventivo) serviu para amenizar, porque foi uma quantidade de chuva que superou em muito o esperado para o mês de março”, afirmou durante entrevista coletiva.

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Embora não haja planos imediatos de decretar emergência, Paulinho afirmou que a medida poderá ser adotada caso a situação piore. Ele ressaltou que, para a decretação, é necessário atender a vários critérios, como a ocorrência de óbitos ou desastres naturais, o que não ocorreu até o momento.

“Para que você possa decretar uma situação de emergência precisa ter vários itens atingidos. Não houve óbitos, não aconteceu um desastre natural. Então, nós estamos monitorando a todo momento, e, se for preciso, vamos decretar. Espero que não. Estamos com nossas equipes na rua, todo o secretariado envolvido, estamos 24 horas em alerta”, disse.

O prefeito também mencionou que está levando projetos para reestruturação da drenagem urbana e para resolver os problemas das lagoas que transbordaram. Além disso, ele explicou que a formação de lagoas na praia de Ponta Negra era prevista devido às obras de engorda da praia e que o município está estudando soluções para mitigar o impacto.