Deputada aciona MPF para pedir prisão preventiva de Bolsonaro por ato em Copacabana

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) protocolou uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela baseou sua solicitação em declarações feitas por Bolsonaro durante um ato público em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo 16.

Segundo a deputada, Bolsonaro fez afirmações que atacam diretamente a ordem democrática e a segurança institucional do país. Em tom conspiratório, o ex-presidente questionou a legitimidade do processo eleitoral, perguntando: “Nosso Governo fez o seu trabalho, por que perdeu a eleição?”, conforme consta no documento.

Na representação, Salabert também destaca que Bolsonaro mencionou o Inquérito 1.361, o qual, em outras ocasiões, ele usou como suposta evidência de fraude no sistema eleitoral. A deputada argumenta que essas declarações reforçam a disseminação de desinformação e a deslegitimação dos resultados das eleições presidenciais de 2022.

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Ela alertou que a continuidade desse tipo de discurso representa uma ameaça à ordem democrática, ao alimentar a insatisfação de grupos extremistas que, no passado, já cometeram atos violentos contra as instituições democráticas. De acordo com Salabert, tal comportamento não só incita a violência, mas também enfraquece as instituições e fomenta a instabilidade política.

A deputada defendeu que a prisão preventiva de Bolsonaro se faz necessária, pois sua liberdade representa um risco sério à manutenção da lei e da ordem. Além disso, ela solicitou que o ex-presidente seja proibido de utilizar as redes sociais e de participar de eventos públicos que possam servir como plataforma para “novas incitações antidemocráticas”.

Ato em Copacabana

O ato em Copacabana, organizado pelo pastor Silas Malafaia, contou com a presença de aliados e apoiadores de Bolsonaro, incluindo governadores e parlamentares. A manifestação teve como objetivo pressionar o Congresso sobre o projeto de anistia para aqueles envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Durante o evento, Bolsonaro também se manifestou contra a denúncia que foi feita contra ele por tentativa de golpe, chamando-a de uma “historinha”. O ex-presidente será julgado nos dias 25 e 26 de março pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se aceita ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e torna Bolsonaro réu.

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