Após 95 dias à deriva, pescador é resgatado: ‘Comi até baratas’

Perder-se no mar é um dos maiores temores de qualquer pescador. As águas vastas e imprevisíveis podem transformar uma simples jornada em um desafio extremo pela sobrevivência. Foi exatamente isso que aconteceu com Máximo Napa Castro, que saiu para uma pescaria no início de dezembro e acabou enfrentando uma provação de 95 dias à deriva, lutando contra a fome, a sede e a solidão até ser finalmente resgatado.Para o pescador peruano de 61 anos, o que deveria ser uma pescaria de rotina se transformou em uma luta desesperada para conseguir sobreviver. Após zarpar da cidade de Marcona, no Peru, no início de dezembro, ele enfrentou uma tempestade que desviou seu barco da rota, deixando-o à deriva por mais de três meses.CONTEÚDO RELACIONADOEm 1ª foto após internação, papa aparece diante de altar com JesusIêmen: houthis acusam EUA de “crimes de guerra” após ataques aéreosTornados e tempestades matam 33 pessoas nos EUASem acesso a suprimentos, Máximo precisou improvisar. “Comi pássaros, tartarugas e até baratas. Peguei uma tartaruga com a mão, cortei a jugular e bebi o sangue dela”, relatou ao jornal *La República*. Nos últimos 15 dias antes de ser encontrado, ele também ficou sem acesso a água potável, dependendo apenas da água da chuva para se manter hidratado.Quer mais notícias internacionais? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.As buscas por Máximo começaram ainda em dezembro, mas sem sucesso. Somente na última quarta-feira (12), um navio de patrulha do Equador encontrou o pescador em condições críticas e bastante desidratado, próximo à costa norte do Peru. Após o resgate, ele recebeu atendimento médico na cidade equatoriana de Paita e, posteriormente, retornou à Lima.O reencontro com a família e amigos foi marcado por emoção. No distrito de San Andrés, em Ica, vizinhos e parentes organizaram uma festa para celebrar sua volta para casa, encerrando uma jornada que parecia impossível de ser superada.
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