Guerra ideológica-eleitoral

Leandro Mazzini nova

Num projeto de poder partidário, e não de Estado, o PT está disposto a derrubar uma tradição na Câmara dos Deputados: o direito de bancadas, pelo número de congressistas, terem prioridade na escolha do comando de comissões temáticas. Presidente do Senado, Davi Alcolumbre endossou isso e na Casa Alta está tudo resolvido. Mas na Câmara, o presidente Hugo Motta já tem dor de cabeça. A estratégia do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), é tumultuar ao máximo todo o processo de escolha dos presidentes das 30 comissões. O PT não aceita que o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), indicado pelo PL, assuma a Comissão de Relações Exteriores. Chegou a propor a Educação em troca desta. Nada feito. Bolsonaro bate pé. A CREDN é uma vitrine internacional com acesso a eventos oficiais em centenas de países, e os petistas temem que Bolsonaro use a agenda para atacar o Governo Lula da Silva III. Outro fato é que o comando da CREDN terá acesso a contratos firmados pela Agência Brasileira de Cooperação com a Agência dos EUA para Desenvolvimento Internacional (USAID). A ABC é a responsável pelos acordos de cooperação da USAID no Brasil. E quem controlar a Comissão também terá acesso, como fiscalizadora, aos trabalhos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

Ele quer voltar

José Dirceu, ex-deputado federal e poderoso ex-chefe da Casa Civil do Governo Lula da Silva I, lançou sua pré-candidatura à Câmara na sua festa de 79 anos, na terça-feira (11) em Brasília. Mais de mil pessoas dos três Poderes apareceram. Absolvido da Lava Jato e emocionado, Dirceu discursou em tom confiante de que será eleito pelo DF: “Retorno ao Parlamento para continuar minha luta a favor do PT e do País”. A conferir.

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Inteligência emocional

Clima de guerra na ABIN entre o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o delegado e ex-DG Luiz Fernando Côrrea, atual diretor da agência. Côrrea pode ser indiciado no inquérito da suposta “ABIN paralela” e, com isso, voltar à aposentadoria. A debandada começou na segunda (10), com o pedido de demissão do diretor-geral adjunto, o professor gaúcho Marco Cepik, um petista que acabara de assumir o cargo.

Folia não acabou

O Carnaval acabou, mas nem tanto para os corredores de Brasília. O deputado Marcos Pollon (PL-MS) protocolou requerimento de convocação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, para prestar esclarecimentos sobre o uso de recursos federais em eventos carnavalescos onde ocorreram manifestações políticas de ódio contra a oposição do atual Governo.

DF quase Leblon

O Setor de Clubes Sul, onde há comércio e flats em Brasília, ficou tão valorizado com a mudança do plano diretor da capital que quase bateu o exclusivíssimo Leblon, do Rio de Janeiro, em valor de metro quadrado. O aluguel do m² ali fechou fevereiro em R$ 103 – um recorde, apenas R$ 1,70 abaixo do bairro carioca, segundo o Índice QuintoAndar. A média de Brasília em outros setores é de R$ 51,56 o m².

Caso Henry

O vereador Leniel Borel (PP-RJ) enfrentou mais um 8 de março sem respostas para o caso do assassinato do filho, o menino Henry Borel. Quatro anos após a morte do garoto, o parlamentar segue pressionando pelo julgamento de Monique Medeiros, mãe da criança, e do padrasto, o ex-vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho. Ambos seguem presos, mas ainda sem data para serem levados ao tribunal.

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