Quem era a biomédica morta pelo ex-marido em clínica de estética

Assassinada pelo ex-marido na clínica de estética onde trabalhava, em Ibirité (MG), a biomédica Miquéias Nunes de Oliveira, 33, era reconhecida pelo profissionalismo e carinho com os pacientes. Sua morte gerou revolta e mobilizou a cidade.

QUEM ERA A BIOMÉDICA – Kéia Oliveira, como era conhecida, sonhava em crescer na área da estética. Natural de Simonésia, na Zona da Mata mineira, ela se mudou para Ibirité aos 18 anos para buscar novas oportunidades. Após se formar em biomedicina, há cerca de dois anos, especializou-se em estética e pós-operatório, atendendo em uma clínica na cidade, no bairro Várzea.

Nas redes sociais, Kéia compartilhava sua rotina de trabalho, dicas de cuidados com a pele e interagia com clientes e seguidores. Segundo comentários de amigos e pacientes, ela era uma mulher carinhosa e profissional dedicada, que batalhou para conquistar seu espaço no mercado

Em seu perfil no Instagram ela também fazia postagens onde declarava amor pelo ex-marido, Renê Teixeira, 42, autor do crime. Os dois se casaram em 2021 e ele não aceitava o fim do relacionamento.

Teixeira invadiu o estabelecimento na última segunda-feira e, após uma discussão, atacou a biomédica com golpes de canivete. Testemunhas relataram que ele não aceitava o fim do relacionamento e já havia tentado reatar por meses.

“Obrigada por me apoiar na minha trajetória, por me fortalecer nos dias de cansaço e desânimo e me aturar nos dias de extrema chatice. Te amo”, disse Kéia Oliveira, em postagem no Instagram, para o então marido.

O QUE VOCÊ DEVE FAZER AO PRESENCIAR CASO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA? – Em caso de emergência/risco iminente para a vítima, o correto é ligar para a Polícia Militar através do 190, segundo o Ministério das Mulheres. Mesmo que a agressão ocorra fora de casa, se cometida por alguém com que se divide o ambiente familiar, é violência doméstica. E a ligação para a PM é a opção correta para um socorro mais rápido ao agredido e a captura do agressor.

Se você não presenciou agressões, mas sabe que elas acontecem ou que a vítima corre riscos, também deve intervir. A abordagem deve ser diferente, contudo: primeiro, escute. Chame a vítima para uma conversa em que ela se sinta acolhida e não julgada; isso pode levá-la a oferecer informações essenciais para a denúncia e para retirá-la daquela situação. Depois, informe-a sobre seus direitos. Apresente-a à Lei Maria da Penha e aos canais de denúncia.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.